O Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, e a presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro – SITRAMICO/RJ, Ligia Deslandes entraram na justiça com uma Ação Popular com Pedido de Tutela de Urgência para barrar a venda da BR Distribuidora.
A lei garante a qualquer cidadão o direito de pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos que considere lesivos ao patrimônio da União.
Em maio de 2019 o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda de ações da BR Distribuidora – subsidiária na distribuição e varejo de derivados de petróleo, cujos objetivos eram de atender a todo o mercado interno.
No dia 24, a Petrobras vendeu 35% da BR Distribuidora por US$ 2,5 bilhões, cerca de R$ 9 bilhões, para 160 investidores de diferentes países e ficou com 37%. Com isso a BR Distribuidora virou uma empresa privada.
A iniciativa do NF e do Sitramico é barrar essa venda, que faz parte do projeto do desmonte da Petrobrás e de venda de ativos do atual governo, que foi ampliado nos últimos meses com a venda de refinarias e de plataformas.
Segundo o economista Henrique Jaguer, a marca registrada desta nova gestão é a corrida pela privatização de ativos, em todos os segmentos de atuação da empresa. “Venda da BR distribuidora, dos gasodutos, de campos terrestres na Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte, de campos maduros na Bacia de Campos, de todas as refinarias fora do eixo Rio-São Paulo e, até, de campos do pré-sal etc. A mais importante empresa de petróleo da América Latina está sendo esquartejada” – alertou em texto publicado no GGN e no site da CUT.
Leia no Nascente que circulará amanhã nas bases do NF mais informações sobre a venda da BR e a ação popular.
Leia também: https://www.cut.org.br/noticias/governo-acelera-processo-de-desmonte-na-petrobras-8b74