Trabalhadores das bases de terra do NF aprovam indicativo da FUP e dos Sindicatos

Pela terceira vez, os trabalhadores das bases de terra do Norte Fluminense se reuniram no Ginásio Juquinha do Tênis Clube para uma assembleia da Categoria. Dessa vez foi para avaliar o indicativo da FUP e dos Sindicatos de aprovação da proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho no dia 25 de outubro. Do total de votantes, 90% aprovaram o indicativo de aprovação da proposta (veja quadro abaixo).

Apesar do calor intenso, que foi amenizado por climatizadores e ventarolas, a assembleia aconteceu de forma tranquila e contou novamente com exposições do Dieese e do assessor jurídico Normando Rodrigues, além das falas do diretor do NF, Sérgio Borges, do Coordenador do sindicato, Tezeu Bezerra e do Coordenador da FUP, Zé Maria Rangel.

O Diretor Sergio Borges esclareceu as dúvidas que surgiram da categoria e foram postadas nas redes sociais do sindicato e mostrou três pontos que a gestão bolsonarista da Petrobrás queria atingir através desse ACT e não conseguiu, que eram o barateamento da força de trabalho para facilitar a privatização, o ataque ao movimento sindical petroleiro e a alteração no custeio da AMS

Para Normando a aprovação da proposta do TST não se tratava de um acordo de paz, mas uma trégua na guerra que representa os ataques que a Petrobrás vem sofrendo. Ele lembrou que essa proposta mantém o turno de 8 horas com cinco turmas e o 14×21.

A explicação sobre o limite nas negociações ficou a cargo do Coordenador Tezeu, que reforçou a importância de fechar esse ciclo e partir para a luta contra a privatização, que deve ser o principal foco da categoria. “Estamos assistindo a venda das plataformas da Bacia de Campos e vários companheiros sendo desimplantados, precisamos sair em defesa da Petrobras, dos nossos direitos e nossos empregos” – disse.

“Temos que virar a página do ACT e centrar nossas energias em defesa da Petrobrás. Essa tem que ser nossa bandeira.” Com essa fala, o Coordenador da FUP, Zé Maria Rangel, reafirmou a necessidade da categoria estar unida em defesa da empresa e dos seus empregos que estão sendo atacados a todo momento pela gestão. “estão transformando a Petrobrás em uma exportadora de óleo cru e não numa empresa integrada e mola propulsora do desenvolvimento do país.

Resultado da Assembleia das bases de terra

 

A favor Contra Abstenção
01 – Aprovação da proposta apresentada pelo TST no dia 25/10 90% 9% 1%
02 – Se a Petrobrás não aprovar até o dia 03/11 a nova proposta apresentada hoje pelo TST, a greve pelo Acordo Coletivo será retomada* 57% 33% 10%

* Apesar da empresa ter divulgado o seu aceite, a diretoria do sindicato decidiu manter esse ponto em pauta para apreciação da categoria