A atual gestão da Petrobrás não se cansa de seguir o governo Bolsonaro, lançar fakenews para seus trabalhadores. No final do ano, a Gerência de RH da Petrobrás rompeu o processo de negociação do Turno e, de forma unilateral, submeteu aos trabalhadores quatro tabelas para que fossem votadas em um plebiscito sem legitimidade. Essa pesquisa, que foi aplicada em algumas bases, teve baixíssima participação da categoria.
Em contrapartida, as assembleias dos petroleiros e petroleiras em todo país referendaram a proposta, que havia sido apresentada à empresa no dia 21 de novembro, de manutenção das atuais tabelas de turno ininterrupto de revezamento e que já vinham sendo praticadas nas unidades da empresa.
A FUP propõe a pactuação das tabelas em um termo aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho, mas a Petrobrás quer impor as tabelas dela e que a mais votada seja adotada, se houver acordo com os sindicatos. Caso contrário, a tabela adotada de forma unilateral, a partir de 1 de fevereiro será a “tabela X” ou a “3×2 literal”.
Ontem (08), representantes da FUP e de seus sindicatos estiveram reunidos com a Petrobrás para tratar das mudanças nas tabelas de turno. Nessa reunião a Petrobras disse que vai fazer a alteração a partir de fevereiro, mas abriu espaço para negociação.
Participação nos lucros
Sobre o pagamento da PLR aos trabalhadores, a gestão da Petrobrás continua mentindo para os trabalhadores, alegando “limitações” da SEST e de outros órgãos de controle do governo federal, para tentar justificar sua recusa em cumprir a MP 905. O cinismo dos gestores é tamanho que chegaram a alegar em seus informes “esforço máximo” na negociação, quando a empresa sequer se posicionou sobre o pedido de mediação que a FUP apresentou ao TST para resolver o impasse da PLR 2019.
Em reunião realizada na quarta (08), a representante do Jurídico da Petrobrás informou que está aguardando uma resposta do governo Bolsonaro para poder cumprir ou não Medida Provisória 905.
Banco de horas
O Banco de horas de todos os trabalhadores de regime fixo não está sendo negociado com os sindicatos, como a gestão está dizendo. Na verdade, mais uma vez e de forma unilateral, a empresa quer zerar os saldos de bancos de hora e implantar seus procedimentos sem diálogo com os sindicatos, descumprindo o que foi acordado no ACT.
O que existe por trás das mentiras e das desculpas esfarrapadas dos gestores da Petrobrás, é a decisão política de querer punir os trabalhadores que resistem às armadilhas da empresa, de atacar os sindicatos, de dividir a categoria e de beneficiar o alto escalão com superbônus para que sigam em frente no desmonte da estatal.