PLR 2012 – trabalhadores não podem ser prejudicados pela queda do lucro da Petrobrás

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Desde que a FUP iniciou, em 2009, o longo processo de negociação com a Petrobrás, para definir os indicadores e a metodologia para o regramento da PLR dos trabalhadores, a Federação nunca aceitou que a empresa decidisse o provisionamento da PLR de forma unilateral e sem critérios que atendessem as reivindicações dos petroleiros. Em todas as negociações anuais, a categoria sempre participou ativamente das mobilizações orientadas pela FUP e seus sindicatos, quando as propostas apresentadas pela empresa não contemplaram as reivindicações dos petroleiros, que no fim, sempre alcançaram grandes conquistas. 
Na campanha da PLR 2012, os trabalhadores continuam firmes, exigindo que a Petrobrás negocie com movimento sindical os valores integrais, independente das mudanças no lucro da empresa.  Em 2012, a Petrobrás afirma ter tido uma queda significativa em seus lucros, mas mesmo assim, não diminuirá o valor provisionado para os dividendos de seus acionistas, que inclusive, são protegidos pelo estatuto da empresa, que em seu artigo 5 do parágrafo 2, preserva a remuneração dos acionistas, independente da redução dos lucros.
Para a FUP, a queda no lucro da Petrobrás é o resultado das ações de seus acionistas e gestores indicados por eles, como a falta de manutenção de áreas operacionais, fato que ocasionou as interdições de diversas plataformas, por parte de órgãos públicos, e que antes foi denunciado pela Federação e seus sindicatos.
Portanto, os trabalhadores não podem ser prejudicados por ações internas de gestores indicados por estes acionistas e, por medidas externas dos acionistas majoritários, no caso o governo, que através do Banco Central e Ministério da Fazenda, contribuiu para a queda no lucro da Petrobrás, devido à depreciação cambial que afetou o resultado operacional, uma vez que o aumento do consumo interno de derivados de petróleo provocou o crescimento das importações em 4% e a queda das exportações em 8%, afetando diretamente os resultados da Petrobrás e causando a defasagem  que atingiu a cifra de R$ 0,35 centavos por litro de gasolina de R$ 0,19 centavos por litro de diesel.

PETROLEIROS APROVAM INDICATIVOS DO CONSELHO DELIBERATIVO DA FUP E REALIZAM MOBILIZAÇÕES SURPRESA POR PLR JUSTA E DEMOCRÁTICA

Desde o dia 10 de janeiro, os petroleiros aprovaram em assembléias, os indicativos do Conselho Deliberativo da FUP, de paralisações surpresas e uma greve nacional de 24h, no dia 28 de janeiro, caso não haja evolução nas negociações da PLR 2012 com a Petrobrás. As assembléias e atrasos na entrada do expediente foram realizadas nas unidades operacionais e administrativas do Amazonas, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Nas demais bases, a orientação do Conselho Deliberativo será avaliado na próxima semana.
O Conselho Deliberativo da FUP volta a se reunir no dia 30 de janeiro para avaliar os resulta-dos das assembléias e das mo¬bilizações e interlocuções com a empresa e o governo, bem como definir a data da greve por tem¬po indeterminado, caso não haja avanços nas negociações.

EDITORIAL: DIVISIONISMO SEM FIM…

O roteiro do lamentável fato da tentativa de divisão da unidade nacional, ocorrido em 2006, quando os divisionistas saíram da FUP, já foi narrado por nós, diversas vezes, quando foi preciso esclarecer algumas falácias publicadas pelos dissidentes que declararam uma eterna guerra e ataques à Federação.
Sendo assim, não nos surpreende que mais uma vez, o ano comece com acusações sem fundamentos, de pseudos líderes sindicais baseados em uma política errática de fragmentação, que novamente apostam na divisão entre ativos, aposentados e pensionistas do Sistema Petrobrás. 
Sempre sem propostas ou alternativas aos trabalhadores da ativa e aposentados, este últimos sempre usados como massa de manobra para os divisionistas se oporem à FUP, a tática do momento é a discussão sobre a possível criação de um sindicato nacional dos aposentados, fato que além de absurdo, seria um verdadeiro retrocesso  que só contribuiria para enfraquecer a categoria nacionalmente, principalmente, deste setor. Alguns divisionistas defendem a criação deste novo sindicato, baseados na idéia de que uma entidade própria de aposentados, possibilitaria mais vitórias na justiça. 
Antes mesmo da criação, já existe a tentativa de retirar de R$ 150,00 de cada aposentado, ou seja, um verdadeiro absurdo que não se tornou consenso nem mesmo entre todos eles, já que uma parte dos divisionistas defende a criação da entidade e outra é veemente contra, afirmando que a divisão da categoria significa retrocesso e repetindo o que a FUP prega e sempre pregou. Entre tantas tentativas loucas de rachar a categoria, nunca tivemos dúvida que estes dissidentes chegariam a tal ponto, mas não chegamos a pensar que dentro desta confusão interna, criada pelos próprios divisionistas, a FUP seria, mais uma vez, a acusada.
O que mais chama a atenção, é o nível de contradição do discurso feito por parte deles, ou seja, que uma entidade própria de aposentados descaracteriza a unidade dos petroleiros da ativa e aposentados, que representa um retrocesso e, que vai contra o principio que norteia a atuação sindical: “a defesa intransigente pela união dos trabalhadores e contra a discriminação”, mas acusam a FUP de dividir a categoria, sendo que todos sabem que quem tenta dividir o movimento sindical petroleiro há quase oito anos, são os divisionistas.
É óbvio que mais uma vez, os divisionistas provam que não sabem fazer outra coisa que não seja atacar a Federação Única dos Petroleiros, mesmo quando nem de longe fazemos parte desta confusão. Diante disso, queremos chamar a atenção dos petroleiros a refletirem sobre até aonde um grupo de irresponsáveis podem chegar, com o único e restrito objetivo de atacar a FUP, entidade que, verdadeiramente, representa a categoria dos petroleiros nacionalmente, que mobiliza os trabalhadores e busca sempre canais alternativos de interlocução, quando a Petrobrás cria impasses em algum processo de negociação. Através deste editorial, a Federação quer levar aos trabalhadores da ativa e aposentados, à reflexão de quem são os verdadeiros traidores, que querem dividir a categoria e, frequentemente pegam carona nas lutas organizadas pela FUP e seus sindicatos, para depois nos transformarem em bode expiatório de seus fracassos. O desafio está lançado.

Práticas antissindicais: Petrobrás Transporte proíbe o acesso de dirigentes sindicais

No decorrer desta semana, a FUP recebeu denúncias do Sindipetro Paraná/ Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e do Unificado São Paulo, que a Petrobrás Transporte não tem permitido o acesso dos dirigentes sindicais liberados às unidades da Transpetro. A FUP repudia este tipo de prática e apóia os seus sindicatos, que já registraram queixa contra esta truculência.
Eleição para o C.A da Petrobrás: participação dos trabalhadores é primordial
Na última semana, foram abertas as inscrições para os candidatos ao Conselho de Administração da Petrobrás. A FUP reafirma a importância da participação de todos os trabalhadores, principalmente, das bases operacionais, que tem sido os grandes ausentes nas eleições da Petros e, no ano passado, do C.A da Petrobrás. A Federação conclama que os petroleiros votem em companheiros que tenham uma significativa trajetória de luta em defesa da categoria e da classe trabalhadora.
Saúde, segurança e meio ambiente
Há tempos, a FUP e seus sindicatos denunciam os problemas de saúde e segurança nas unidades operacionais da Petrobrás, fato recorrente, que tem causado mortes e acidentes dos trabalhadores. Sendo assim, é urgente que a categoria vote em candidatos que participem ativamente do dia a dia dos trabalhadores. O movimento sindical petroleiro acredita ser importante a eleição de um conselheiro comprometido com as lutas e ideais da classe trabalhadora organizada.