NF participa de cinco comissões que apuram acidentes

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A gravidade da situação de insegurança dos trabalhadores do sistema Petrobrás, que atinge hoje a marca de 14 mortes no País, pode ser retratada de muitas formas. Nos últimos dias, o Sindipetro-NF tem divulgado o resultado do levantamento nas CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho), que mostra uma média de 4,8 registros por dia neste ano, com 1680 casos até o último dia 18. Outra forma de aferição é constatar o fato de que, neste momento, o sindicato participa de cinco comissões de investigação de acidente.

Os casos são os que envolvem as unidades ou empresas FPSO Rio de Janeiro (integrada pelo diretor Wilson Reis), P-43 (Márcio Ferreira), VIX (Dimas Moraes), PNA-2 (Francisco José) e Facility (Ilma de Souza).

Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, este número de comissões simultâneas mostra a elevada incidência de acidentes. Ele adverte, no entanto, que os casos reais são em maior número e mais graves do que aqueles notificados.

“Tivemos em 2012 o registro de quase cinco acidentes por dia. A realidade fabril mostra que esse número pode ser três vezes maior. No mundo real, o que estamos enfrentando é uma situação de termos em torno de 15 acidentes por dia”, disse José Maria.

Ele explica que, em conquista recente dos trabalhadores, a Petrobrás se tornou obrigada a chamar um sindicalista para integrar qualquer comissão que seja formada para apurar acidentes. Antes, essa participação era obrigatória apenas para os casos que fossem considerados de alto potencial de gravidade pela empresa.