Segunda é dia nacional de luta por uma PLR justa e democrática

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Petroleiros dizem não ao adiantamento proposto pela Petrobrás

Na segunda-feira, 17, os petroleiros das bases da FUP vão novamente à luta por uma PLR justa e democrática, cujo montante e distribuição sejam negociados de forma transparente com as organizações sindicais. O dia nacional de luta convocado pela FUP terá atrasos e concentrações nas unidades operacionais e administrativas do Sistema Petrobrás. Será um alerta para que a empresa negocie com a categoria, ao contrário do que tem feito nos últimos anos, definindo de forma unilateral o provisionamento da PLR, sem regras ou critérios que atendam às reivindicações dos trabalhadores.
Na quarta-feira, 19, a  FUP e seus sindicatos voltam a se reunir no Conselho Deliberativo para discutir um calendário nacional de luta, com mobilizações mais contundentes. Nas assembleias iniciadas dia 10, os trabalhadores discutiram estratégias de luta que servirão de base para a reunião do Conselho.

Adiantamento rejeitado!
Os petroleiros do Espírito Santo, Paraná/Santa Catarina, Amazonas, Rio Grande do Norte e Bahia já rejeitaram o adiantamento da PLR proposto pela Petrobrás. As assembleias prosseguem em Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e bases do Unificado do Estado de São Paulo, cujos trabalhadores estão também rejeitando o adiantamento. No Norte Fluminense, as plataformas realizam assembleias de sexta a domingo. Em Duque de Caxias, as assembleias começam na segunda, 17. Sem qualquer negociação com a FUP e seus sindicatos, a Petrobrás apresentou no último dia 05 uma proposta de adiantamento da PLR 2012 com uma redução de mais de 50% em relação à antecipação da PLR 2011.

Reunião com a empresa não avança
No último dia 12, a FUP voltou a se reunir com a Petrobrás para buscar avanços na negociação do regramento das PLRs futuras. A empresa continua insistindo em metas e critérios que não foram aprovados pelos trabalhadores. Por isso a categoria rejeitou no início do ano o regramento proposto pela Petrobrás. A empresa, além de não avançar em relação aos últimos acordos de PLR, ainda piora o que já foi conquistado. Portanto, só com mobilização a categoria poderá garantir uma negociação que de fato avance no atendimento dos principais pontos da proposta de regramento que os trabalhadores aprovaram em 2008 e que, desde então, vem permeando as discussões da FUP com a Petrobrás.
Daí a importância da categoria estar rejeitando a antecipação. O que está em questionamento não é apenas a redução dos valores e sim a intervenção dos trabalhadores no processo de definição do montante provisionado e dos critérios de distribuição. Precisamos alterar o atual modelo imposto pela Petrobrás, onde a empresa, ano após ano, provisiona os valores da PLR sem qualquer negociação com a categoria. Portanto vamos à luta na segunda-feira, por  uma PLR, justa, democrática e negociada com transparência.  

 

FUP e sindicatos intensificam luta por melhores condições de trabalho para petroleiros terceirizados e do setor privado

Em reunião nesta sexta-feira, 14, no Rio de Janeiro, a FUP e os seus sindicatos fizeram um balanço das negociações coletivas do setor privado e discutiram os principais eixos de atuação e luta para o próximo ano. A reunião foi convocada pela Secretaria da FUP de Relações Internacionais e Empresas Privadas e contou com a participação dos dirigentes sindicais e assessores que têm atuado diretamente nas campanhas dos trabalhadores terceirizados e operadoras privadas. 
Os sindicalistas discutiram os reflexos da precarização e mecanismos para avançar na garantia de condições decentes de trabalho e segurança não só para os terceirizados, como também para os petroleiros contratados pelas empresas privadas (nacionais e multinacionais) que operam na indústria de petróleo. Eles apontaram a urgência da construção de uma convenção coletiva de trabalho que abranja todos esses trabalhadores nacionalmente. Foi discutido um calendário de mobilizações focado diretamente na luta pela construção dessa convenção coletiva.
Outro ponto discutido pela FUP e seus sindicatos foi a intensificação da participação dos petroleiros na luta para barrar o Projeto de Lei 4.330/04, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), com substitutivo de Roberto Santiago (PSD-SP), que precariza ainda mais as condições do trabalho terceirizado. Se for aprovado, o projeto permitirá a terceirização nas atividades-fim e no setor público, além de acabar com a responsabilidade solidária das empresas contratantes e permitir que um mesmo empresário tenha diversas prestadoras de serviço.O PL se encontra na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, última instância pela qual passará antes de ir à votação no plenário da Casa. Na segunda-feira, 17, a FUP participará da reunião do GT da CUT que vem atuando para barrar o projeto.

Construtoras assinam compromisso com as condições de trabalho no Comperj

No último dia 11, a  CUT, o sindicato e a confederação nacional dos trabalhadores da construção civil participaram da celebração do Compromisso Nacional para o Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção, que foi assinado pelos sete maiores consórcios responsáveis pelas obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Cerca de 22 mil trabalhadores serão beneficiados com as medidas previstas no documento, que devem ser totalmente implementadas em, no máximo, 90 dias.
O acordo é fruto da luta dos trabalhadores da construção civil e foi negociado nacionalmente entre a CUT e outras centrais sindicais com o governo federal e as empresas do setor para garantir condições dignas de trabalho nos canteiros de obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Para isso, foram preciso diversas greves, algumas com  graves conflitos entre trabalhadores e empreiteiras, como aconteceu em 2010 nas obras da hidrelétrica de Jirau, no norte do país. Só então, foi criada uma comissão com representação do governo, empresários e trabalhadores do setor , que, após nove meses de negociação, finalizou o Compromisso Nacional para o Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção. O documento, com 30 páginas e 12 capítulos, foi lançado pela presidenta Dilma em março deste ano e, desde então, vem sendo pactuado com as construtoras das principais obras contratadas pelo governo e estatais.

Petroleiros são destaque em Congresso Internacional da UIS/FSM

Diretor da FUP é eleito secretário geral adjunto da União Internacional Sindical do Ramo de Energia
Petroleiros das bases da FUP no Norte Fluminense, Ceará, Rio Grande do Norte e Amazonas participaram do Congresso da União Internacional Sindical do Ramo de Energia (UIS), realizado dias 29 e 30 de novembro, em Caracas, na Venezuela. A FUP enviou uma representação com três dirigentes, que, junto com outros 12 trabalhadores brasileiros, formou a segunda maior delegação do congresso. O diretor da FUP, Aldemir Caetano, foi eleito para a nova diretoria da entidade, onde ocupará a Secretaria Geral Adjunta. Outro petroleiro fupista, Norton Cardoso de Almeida, diretor do Sindipetro-NF, também passará a integrar a diretoria da UIS.
O Congresso discutiu questões que estão na ordem do dia da agenda da classe trabalhadora, como soberania energética e alimentar, sustentabilidade ambiental, defesa dos recursos naturais, reconhecimento da água e energia como bens da humanidade e não mercadorias, fortalecimento das organizações sindicais para garantir melhores condições de trabalho,  combate à terceirização e à precarização, entre outras pautas.
O fortalecimento da unidade dos trabalhadores foi destacado como um dos principais instrumentos para integração das políticas desenvolvimentistas que têm alterado a correlação de forças na América Latina. O congresso contou com a participação de 57 delegados de vários continentes. A Venezuela, país que sediou o evento, foi responsável pela maior delegação (20 trabalhadores), seguida pelo Brasil, que enviou 15 trabalhadores do setor energético, a maioria deles petroleiros.