MST ocupa terras da usina Cambaíba em Campos

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam por volta das 5h de hoje as terras da usina Cambaíba, em Campos. O local é disputado na Justiça pelo Incra para fins de reforma agrária. A estimativa da integrante da coordenação nacional do MST, Marina dos Santos, que participou da ocupação, é a de que a área, de 2.800 hectares, tenha potencial para assentar aproximadamente 200 famílias.

A Usina Cambaíba, atualmente em ruínas, ganhou projeção nacional recentemente após o lançamento do livro “Memórias de uma Guerra Suja”, onde ex-delegado do Departamento de Ordem Pública e Social (Dops), Cláudio Guerra, afirma que o local foi utilizado na década de 70 para queimar os corpos de dez militantes políticos contrários á Ditadura Militar.

O MST, que vai escolher até a próxima segunda-feira o nome do novo acampamento, estuda homenagear um dos militantes listados por Cláudio Guerra.

O complexo Cambaíba, que reúne várias fazendas, foi identificado pelo Incra em 1998 como área passível de ser utilizada para a reforma agrária. Em 2000, ocorreu a primeira ocupação do MST em terras da usina. Após uma disputa jurídica, parte dos acampados foram despejados das terras, sob força policial. Agora, os militantes retornam às mesmas terras, com a expectativa de que o Incra conclua o processo de desapropriação.

O Sindipetro-NF, que apoia as lutas do MST, deu apoio ao movimento. Os diretores do NF, Luiz Carlos Mendonça, Francisco Tojeiro, Thiago Magnus, Cairo Garcia e Gedson Almeida, além do diretor da FUP, Marluzio Dantas, participaram da ocupação nesta madrugada.