Mais um petroleiro morre contaminado por benzeno

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Enquanto as gerências da Petrobrás alegam que não há contaminação por benzeno nas unidades da empresa e tentam, a todo custo,  impor limites de tolerância à substância, mais um trabalhador perde a vida após lutar durante meses contra a leucemia mielóide aguda. Estamos falando do companheiro Enivaldo Santos Souza, conhecido como Shalom, que era Técnico de Operação da Rlam, e faleceu na tarde de quinta-feira, 18, no Hospital Sírio Libanez, em São Paulo,  onde chegou a se submeter a um transplante de medula. Infelizmente, ele não conseguiu debelar a leucemia aguda que adquiriu após anos de exposição ao benzeno em uma das unidades mais contaminadas da Rlam, a U-30, que chegou, inclusive a ser duas vezes interditada pelos órgãos fiscalizadores.

A FUP lamenta a perda de mais uma vida em função da irresponsabilidades de gestores que só se preocupam com cifrões e resultados. O corpo de Enivaldo foi transferido para Salvador, onde foi velado e sepultado nesta sexta-feira, 19.  Pela manhã, o Sindipetro-BA realizou uma grande manifestação em frente à Rlam, responsabilizando a Petrobrás pela perda do companheiro. Que sua história, assim como a do companheiro Roberto Krappa, da RPBC, que também foi vítima do benzeno, fortaleça a luta dos petroleiros por condições seguras de trabalho. Por Enivaldo, Krappa e tantos outros trabalhadores vítimas do benzeno, seguimos em frente para impedir que gestores irresponsáveis tentem relativizar e minimizar os efeitos nocivos e fatais desse agente químico.
Torna-se cada vez mais urgente que a categoria se conscientize sobre os riscos da exposição ao benzeno e se organize para cobrar da Petrobrás o cumprimento do Acordo Nacional, que a empresa insiste em alterar, alegando que existe tolerância à substância, mesmo quando a legislação diz o contrário. Portanto, não há tempo a perder. Diante de qualquer alteração em seus exames de sangue procure o GTB e denuncie ao seu sindicato. Benzeno não é flor que se cheire!

Assinatura do Termo Aditivo consolida mais uma campanha salarial vitoriosa

A FUP e seus sindicatos assinaram o Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2013, garantindo aos trabalhadores as conquistas que foram fruto das mobilizações da categoria. A solenidade assinatura foi realizada no dia 16, na sede da Petrobrás, com a presença de representantes dos sindicatos filiados e dirigentes da FUP. O coordenador geral da Federal, João Antônio de Moraes, assinou o Termo Aditivo, junto com o diretor Corporativo e de Serviços da Petrobrás, José Eduardo Dutra. 
O acordo salarial teve mais de 70% de aprovação nas assembleias, inclusive em bases dos sindicatos dissidentes, que indicaram a rejeição da proposta, mas foram, mais uma vez,  atropelados pelos trabalhadores (veja o quadro com os resultados finais das assembleias). 
Além dos ganhos reais garantidos mesmo com os resultados negativos da Petrobrás, a categoria reconquistou mais uma dobradinha (extra-turno) e fez a empresa avançar na equiparação das horas extras dos trabalhadores de turno e da manutenção, ao garantir o pagamento integral para os companheiros do administrativo que atuam nas paradas de manutenção e partidas das novas unidades.

Quadro com os resultados finais das assembleias
BASES DA FUP
AMAZONAS – 244 votos a favor; 10 contra e 07 abstenções.
CEARÁ – 70% de aprovação.
RIO GRANDE DO NORTE – 71,4% de aprovação; 24% de rejeição e 4,6% de abstenção.
PERNAMBUCO/PARAÍBA – 129 votos a favor; 26 contra e 07 abstenções.
BAHIA – 600 votos a favor; 254 contra e 50 abstenções.
ESPÍRITO SANTO – 360 votos a favor; 93 contra e 09 abstenções.
MINAS GERAIS – 338 votos a favor; 40 contra e 05 abstenções.
DUQUE DE CAXIAS – 513 votos a favor; 69 contra e 05 abstenções.
NORTE FLUMINENSE  – 870 votos a favor; 315 contra e 37 abstenções.
UNIFICADO DO ESTADO DE SÃO PAULO – 774 votos a favor; 173 contra e 27 abstenções.
PARANÁ/SANTA CATARINA – 87% de aprovação e 15,3% de rejeição.
RIO GRANDE DO SUL  – 81,6% de aprovação e 18,4% de rejeição.
SINDICATOS DISSIDENTES
SINDIPETRO-RJ  – 1081 votos a favor do acordo; 304 contrários e 16 abstenções.
SINDIPETRO LITORAL PAULISTA –  217 votos a favor, 142 contra e 02 abstenções.
SINDIPETRO-SE/AL – 314 votos a favor; 253 contrários e 08 abstenções.
SINDIPETRO PARÁ  – 212 a favor, 117 contrários e 13 abstenções.
SINDIPETRO SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – até o fechamento desta edição, o sindicato não havia divulgado os resultados das assembleias.
Fonte: Sindicatos

FUP e Sindiquímica-PR unidos na luta pela reestatização da Ultrafértil

O coordenador da FUP, João Antônio Moraes, participou quinta-feira (18/10) de reunião com dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Paraná (Sindiquímica-PR) e do Sindipetr-PR/SC para discutir uma agenda unitária de luta pela retomada do controle estatal da Ultrafértil, que foi privatizada no anos 90 e agora pertence ao Grupo Vale. 
Os dirigentes sindicais debateram ações políticas unificadas em defesa dos direitos dos trabalhadores do ramo químico e a importância da retomada para a União de empresas que foram privatizadas, como é o caso da Araucária Nitrogenados/Ultrafértil. “A unidade da classe trabalhadora é fundamental para a conquista de direitos e para consolidar um projeto democrático e popular no Brasil. Nesse sentido, o controle do setor de fertilizantes é basilar para buscar a soberania alimentar e, desse modo, garantir alimentação de qualidade e sustentável a toda população brasileira”, afirmou Moraes.
O coordenador da FUP ainda alertou para o perigo de atividades econômicas essenciais ficarem sob o controle privado.  “A permanência de um setor tão estratégico quanto o de fertilizantes nas mãos de empresas, muitas vezes multinacionais, é um risco para a sobrevivência do nosso povo. Ao encamparem a luta pela estatização da Ultrafértil, os petroleiros e petroquímicos do Paraná dão exemplo de vanguarda na organização dos trabalhadores brasileiros”, destacou.
(Texto em conjunto com a imprensa do Sindipetro-PR/SC)

Novo processo de repactuação teve adesão de 26% das pensionistas

O novo processo de repactuação do Plano Petros foi encerrado no último dia 11, com adesão de pelo menos 26% das pensionistas. Ou seja, 1.196 beneficiárias, que irão, em alguns casos, mais do que dobrar o valor atual da parcela Petros.  Segundo resultado parcial informado pela Petros, 2.501 participantes e assistidos aproveitaram a recente oportunidade de repactuação ,  sendo que 1.165 são aposentados, 1.196 pensionistas e 140 da ativa, dos quais dois em auxílio doença.  
Esse novo processo de repactuação do Plano Petros foi conquistado pela FUP no último acordo coletivo.  O período de adesão foi entre 13 de agosto e 11 de outubro.  A Federação realizou uma ampla campanha de esclarecimento sobre os benefícios dessa nova oportunidade de garantir as conquistas da repactuação.  “Cumprimos o nosso papel de defender os interesses dos participantes e assistidos, garantindo-lhes mais uma chance de melhorarem seus benefícios. Nossa próxima luta agora é pela reabertura do BPO , logo após a implementação da Separação de Massas entre os participantes e assistidos do Plano Petros que repactuaram e os que não repactuaram”, revela o diretor da FUP, Paulo César Martin, que é também conselheiro deliberativo da Petros, eleito pela categoria.
 Além de contribuir para o equilíbrio atuarial do Plano Petros, que, após o Acordo de Obrigações Recíprocas, tornou-se superavitário, a repactuação possibilitou maior autonomia e segurança para os aposentados e pensionistas em relação ao reajuste de seus benefícios. Nos últimos dez anos, o IPCA, que corrige a parcela Petros, subiu 93%. Já o INSS garantiu 113% de reajuste nesse mesmo período. Soma-se a isso os benefícios da redução do limite de idade para o grupo 78/79 e da correção do cálculo das pensões. 
A primeira fase da repactuação, ocorrida em 2006/2007, contou com a adesão de 72,78% dos participantes e assistidos do Plano Petros, ou seja,  58.317 petroleiros da ativa, aposentados e pensionistas. 

Dados da Petrobrás sobre alta produtividade no pré-sal reafirmam urgência da suspensão dos leilões de concessão

A Petrobrás divulgou recentemente que as explorações do pré-sal estão surpreendendo a empresa, principalmente na Bacia de Santos, cujo índice de sucesso nas perfurações é de 90%, enquanto a média mundial é de 30%. Os primeiros quatro poços do campo gigante de Lula, por exemplo, estão produzindo 50% a mais do que o previsto.
No discurso de encerramento da feira Rio Oil & Gas,  a presidenta da Petrobrás, Graça Foster, anunciou que a empresa já notificou à ANP 63 descobertas na área do pré-sal, entre 2005 e agosto deste ano. Nos últimos quatro anos, a produção nas camadas pré-sal das Bacias de Campos e de Santos superou 100 milhões de barris de óleo equivalente. Em 2017, deverá chegar  a um milhão de barris. A previsão é de que até 2016 represente 31% de toda a produção da Petrobrás, alcançando 50% em 2020.
Ou seja, está mais do que provada a importância estratégica não só do pré-sal, como de todas as áreas de petróleo e gás da nossa bacia sedimentar, seja no mar, ou seja na terra.  Portanto, é urgente que os movimentos sociais intensifiquem as mobilizações para pressionar o governo a suspender a 11ª rodada de licitações, que foi anunciada pelo ministro das Minas e Energia. O governo pretende leiloar em maio do ano que vem 174 blocos de petróleo, metade deles terrestres e a outra metade marítimos.  Outra licitação está prevista para novembro do mesmo ano, onde estão previstos leilões de blocos do pré-sal. 
Só a luta organizada será capaz de impedir esse ataque à soberania nacional. Nos últimos anos, a resistência dos trabalhadores e movimentos sociais assegurou a suspensão dos leilões de petróleo e gás, bem como a discussão no Congresso Nacional de uma nova legislação para o pré-sal. No último dia 03, a FUP e seus sindicatos, junto com o MAB e outras entidades sindicais, realizaram uma grande manifestação em frente à sede da ANP, no Rio de Janeiro.  Essa é uma luta constante, que se faz cada vez mais necessária e urgente.