FUP cobra antecipação da inflação e estabelece prazo até o dia 11 para Petrobrás responder pauta da categoria

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Mobilizações dão a largada na campanha salarial

FUP cobra antecipação da inflação e estabelece prazo até o dia 11 para Petrobrás responder pauta da categoria

Respaldada pelas mobilizações que deram a largada na campanha salarial dos petroleiros, a FUP apresentou à Petrobrás e subsidiárias nesta sexta-feira, 31, a pauta econômica que foi aprovada pela categoria na III Plenafup e referendada nas assembleias. A Federação cobrou a antecipação imediata da inflação acumulada nos últimos 12 meses e estabeleceu prazo até o próximo dia 11 para que a empresa responda às reivindicações dos trabalhadores. 
Os principais eixos da campanha salarial são 10% de ganho real e regramento das PLRs futuras. Além disso, a pauta cobra o reescalonamento do ATS, unificação do reembolso dos benefícios educacionais com base no maior valor pago pela Petrobrás, revisão do enquadramento dos anistiados, entre outras reivindicações. A FUP também cobrou as pendências do atual acordo e as reivindicações históricas, que têm reflexos econômicos para a categoria, como pagamento de todos os feriados trabalhados (extra-turno), implantação do turno na manutenção, horas extras a 150% no turno e no HA e a 200% nas paradas de manutenção, extensão para os aposentados e pensionistas dos três níveis conquistados pela ativa nas campanhas de 2004, 2005 e 2006.

Disposição de luta
Seguindo o indicativo da FUP, os petroleiros realizaram nesta sexta-feira, 31, atrasos, operações padrão e outras manifestações na maioria das unidades operacionais do Sistema Petrobrás, além das bases administrativas. 
Houve mobilizações na Reman (AM); nas plataformas do Ceará; nas sedes administrativas de Natal e Mossoró (RN); no Terminal de Suape, na Refinaria Abreu e Lima e na sede administrativa de Boa Viagem (PE); em bases do Espírito Santo; na Reduc (Duque de Caxias); nas plataformas da Bacia de Campos e no Terminal de Cabiúnas (NF); na Regap (MG); na Recap, Replan, Edisp,Terminais de São Caetano, Barueri, Guarulhos e Guararema (SP); na Repar (PR) e na Refap (RS). 
Os petroleiros sabem que essa será uma campanha difícil e que a disposição de luta da categoria é que dará o tom das negociações.

Marcha em Brasília
No dia 05, os petroleiros se somarão ao Dia Nacional de Mobilizações da CUT, que reunirá em Brasília diversas categorias em uma manifestação conjunta com a VI Marcha Nacional pela Educação, que deverá reunir na capital cerca de 5 mil trabalhadores da educação.

CALENDÁRIO 
05/09 – Dia Nacional de Mobilização em Brasília
11/09 – Prazo para resposta da Petrobrás/subsidiárias
11 a 14/09 – Semana de Mobilizações pela PLR Futura
17/09 – Reunião do Conselho Deliberativo da FUP
19/09 – Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Setor Privado (no boletim passado, divulgamos a data errada)
22/09 – III Encontro de Mulheres Petroleiras do RN

Mais um trabalhador terceirizado morre em acidente na Petrobrás
O operador de trator Alderir Francisco da Silva, 57 anos, é a mais recente vítima da política de insegurança que tem matado e mutilado trabalhadores no Sistema Petrobrás. Ele perdeu a vida em um acidente ocorrido na segunda, dia 27, em um campo de produção terrestre no Rio Grande do Norte. Segundo nota da Petrobrás, o trabalhador era contratado pela empresa Geokinetics Geophysical do Brasil e foi vítima de um acidente “durante o serviço de topografia para aquisição sísmica na região de Riacho da Forquilha”, zona rural do município de Apodi. O Sindipetro-RN cobrou participação na comissão de apuração do acidente.
Alderir Francisco é a quinta vítima fatal de acidentes de trabalho ocorridos na Petrobrás esse ano. Assim como ele, todos as outros quatro trabalhadores mortos eram terceirizados. Desde 1995, quando a FUP criou um banco de dados com os acidentes fatais comunicados pelos sindicatos e pela empresa, já foram registrados 316 óbitos de petroleiros vítimas de uma política de SMS que nunca priorizou a vida dos trabalhadores. Para a maior parte dos gestores da Petrobrás, a produção e o lucro estão sempre em primeiro lugar, mesmo que isso implique em colocar em risco a saúde e a segurança dos petroleiros. Uma realidade que é ainda mais cruel, quando se trata de trabalhadores terceirizados, que hoje representam mais que o triplo dos efetivos próprios da empresa.

Acidente na maior refinaria do mundo deixou 48 mortos e dezenas de feridos
O saldo até o momento do acidente que provocou um incendiou de três dias na refinaria venezuelana de Amuay  é de 48 pessoas mortas e cerca de 80 feridos. Entre as vítimas fatais, há pelo menos 20 militares da Guarda Nacional Bolivariana, que cuidavam da proteção da refinaria e moravam no entorno da unidade. O acidente ainda afetou cerca de 520 casas da vizinhança, desabrigando, mais de 30 famílias. A refinaria de Amuay integra junto com a refinaria de Cardón o Centro Refinador da PDVSA, na Península de Paraguaná, o maior complexo de refino de petróleo do planeta, com capacidade para processar 956 mil barris diários de óleo, o que equivale a 71% da capacidade de refino da Venezuela.
O acidente aconteceu no dia 25 de agosto, provocado, a princípio, por um vazamento de gás. Houve uma explosão seguida de incêndio, que se alastrou por nove tanques de combustíveis, na área de armazenamento. Mais de 200 agentes trabalharam durante os três dias para conter as chamas do violento incêndio. No ano passado, no dia 15 de março, a Refinaria de Amuay sofreu uma outra explosão, que incendiou parte da unidade de hidroprocessos, mas não houve feridos. Segundo informações divulgadas pelas agências internacionais de notícias, sete das nove paradas de manutenção que estavam programadas para 2011 na refinaria foram adiadas para este ano. Esses dados constariam de um relatório da PDVSA que foi apresentado à Assembleia Nacional da Venezuela, em fevereiro deste ano. 
Solidariedade – Em nota pública divulgada no dia 27, a FUP manifestou solidariedade aos petroleiros venezuelanos e cobrou a participação dos trabalhadores na apuração do acidente. A FUP também condenou a manipulação da mídia e dos opositores do governo Hugo Chávez, que tentaram tirar proveito político do acidente, ocorrido a menos de dois meses das eleições presidenciais.  
Leia na página da FUP a íntegra da nota: http://www.fup.org.br/2012/noticias/manchetes/2219662-nota-da-fup-em-solidariedade-aos-petroleiros-e-ao-povo-venezuelano

Repactuação é a chance das pensionistas corrigirem o valor de seus benefícios

30% receberão mais que o dobro da atual parcela Petros e 45% garantirão até 100% de reajuste

Os participantes e assistidos do Plano Petros que não repactuaram têm até o dia 11 de outubro para garantirem os benefícios do acordo. O novo processo de repactuação teve início no dia 13 de agosto e foi conquistado pela FUP no último acordo coletivo. Além de contribuir para o equilíbrio atuarial do Plano Petros, que, após o Acordo de Obrigações Recíprocas, tornou-se superavitário, a repactuação possibilita maior autonomia e segurança para os aposentados e pensionistas em relação ao reajuste de seus benefícios. Nos últimos dez anos, o IPCA, que corrige a parcela Petros, subiu 93%. Já o INSS garantiu 113% de reajuste nesse mesmo período. 
Além disso, a repactuação do Plano Petros permitirá a redução do limite de idade para o grupo 78/79 e a correção do cálculo das pensões. Essa é, sem dúvida uma grande conquista para as pensionistas, pois, ao repactuarem, passarão a ter a parcela Petros de seus benefícios corrigida, em alguns casos, em mais de 100% dos valores atuais. Pelo menos 75% das pensionistas que não repactuaram serão beneficiadas por essa correção, caso optem pela repactuação. Entre essas, 30% mais que dobrarão a parcela Petros, cuja correção ficará acima de 100% do valor atual. Outras 45% das pensionistas garantirão até 100% de reajuste na parcela Petros.
Desde 2007, quando foi concluído o processo de repactuação, a FUP luta para estender a todos os aposentados, pensionistas e petroleiros da ativa as conquistas garantidas por mais de 70% dos participantes e assistidos do Plano Petros que foram beneficiados na época pelo acordo. A FUP também reivindicou o pagamento dos R$ 15 mil ou três remunerações, como ocorreu em 2007, mas a Petrobrás não aceitou.  
A reabertura da repactuação é, portanto, uma oportunidade única para os assistidos e participantes do Plano Petros que aguardavam por essa nova chance. Não se deixe enganar pelas falsas lideranças, que fazem campanha contra somente para alimentar as disputas política e sindical que têm com a FUP. As mentiras que pregaram há quatro anos de que os aposentados e pensionistas que repactuassem perderiam a AMS e teriam reajustes menores não passaram de terrorismo. Quem repactuou continua com a AMS e teve mais ganhos em seus benefícios do que quem não repactuou, como divulgou a própria Petros, em sua revista.
Veja na página da FUP o vídeo explicativo e esclareça suas dúvidas:  http://www.fup.org.br/2012/galeria-videos?task=viewvideo&video_id=169

Os prejuízos de quem caiu na aventura da desrepactuação
Os divisionistas não medem conseqüências, nem tampouco os prejuízos que estão impondo àqueles que foram atraídos pela aventura jurídica da desrepactuação, uma ação equivocada que pode custar muito caro aos aposentados que caírem nessa arapuca. Recentemente, um dos sindicatos que fazem campanha contra a repactuação publicou em seu boletim a decisão favorável a uma dessas ações. A sentença da juíza determina que o aposentado que ingressou com o pedido de anulação da repactuação devolva à Petros/Petrobrás com correção os R$ 15 mil que recebeu na época, a título de incentivo. O aposentado ainda corre o risco de ter que devolver também os reajustes de seu benefício que ficaram acima dos que foram pagos a quem não repactuou.  
As ações de desrepactuação são uma peça jurídica criada pelos sindicatos e associações que fazem oposição à FUP, com o único intuito de fomentar a disputa política, apostando no desgaste da nossa Federação. Quem embarcar nessa aventura terá que arcar com todos os prejuízos, em alguns casos, inclusive, os honorários dos advogados. Não caia na armadilha dos divisionistas!