Bases do Paraná/Santa Catarina e Amazonas já estão com o acordo assinado de PLR

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Petroleiros estão aprovando nova proposta de PLR

As assembleias para avaliação da nova proposta de quitação da PLR 2011, que foi apresentada pela Petrobrás no dia 17, já começaram em várias bases da FUP. No Paraná /Santa Catarina  e no Amazonas, os petroleiros já aprovaram a proposta e o acordo foi assinado nesta sexta-feira (20). No Rio Grande do Norte, Minas Gerais, São Paulo e Ceará, os trabalhadores também estão seguindo o indicativo do Conselho Deliberativo da FUP, que reuniu-se na quarta-feira (18) e se posicionou a favor da nova proposta conquistada após mobilização da categoria.
Ao longo desta sexta-feira (20) e do final de semana, serão iniciadas as assembleias nas demais bases da FUP.  A nova proposta para quitação da PLR 2011 estende aos trabalhadores o mesmo tratamento que a Petrobrás deu aos acionistas. Isso só foi possível devido a um intenso processo de negociação conduzido pela FUP e que culminou com uma reunião no último dia 11 com a presidente da empresa e o diretor Corporativo e de Serviços.  No dia 17, diante do quadro nacional das assembleias que apontavam para a aprovação do indicativo de greve feito pela FUP, a Petrobrás apresentou uma nova proposta de PLR que eleva em 12% os valores propostos, ao incluir um abono que será pago integralmente a todos os petroleiros. 
Com mobilização e negociação, a FUP conseguiu romper a lógica da empresa de elevar a remuneração dos acionistas e reduzir a PLR dos trabalhadores. A nova proposta é resultado do poder de organização e disposição de luta da categoria, que não hesitou diante dos indicativos da FUP e, mais uma vez, provou a importância de uma representação sindical forte e coesa, com capacidade de interlocução com as diversas esferas do governo e da empresa. Os petroleiros sabem que só conquistam aqueles que aliam mobilização com negociação.  
Regramento das PLRs Futuras 
A FUP e seus sindicatos reafirmaram a urgência da definição de regras claras, democráticas e justas para as PLRs futuras. Já está agendada para a segunda quinzena de agosto, uma nova reunião com a Petrobrás para dar sequência à negociação da proposta dos trabalhadores para regramento das PLRs futuras. O Conselho Deliberativo da FUP também indicou que este seja um dos pontos de pauta da III Plenafup, que será realizada entre 02 e 05 de agosto em Porto Alegre.

Conselho Deliberativo da Petros aprova separação de massas
Na quinta-feira, 19, o Conselho Deliberativo da Petros aprovou a separação de massas do Plano Petros, autorizando a Fundação a iniciar os trâmites legais, o que deverá acontecer 30 dias após a conclusão do novo processo de repactuação. Essa é mais uma conquista da última campanha reivindicatória conduzida pela FUP e seus sindicatos que tem por objetivo garantir mais segurança e estabilidade ao Plano Petros. 
Além disso, a separação de massas preserva o patrimônio de cada grupo, repactuados e não repactuados, que passaram a ter regras de reajuste diferenciadas, e consolida a opção individual que cada participante e assistido tomou no processo de repactuação. Tanto a separação de massas, como a repactuação foram bandeiras de sua campanha. “Temos que cuidar bem do plano, que é nosso patrimônio, com uma visão previdente, buscando sempre interferir para que ele seja bem administrado”, declara Paulo César Martin, conselheiro deliberativo eleito para a Petros.

Mais um grave vazamento de benzeno na Rlam
No último dia 13,  mais um grave vazamento de benzeno na Rlam colocou em risco os trabalhadores durante a Parada de Manutenção da U-30/31. Foram mais de 48 horas de exposição ininterrupta ao produto. A Petrobrás ainda tentou encobrir o acidente, alegando que o gás que vazou foi nitrogênio, sem toxidade. Mas, o Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cesat) realizou uma inspeção criteriosa na U-30/31 e confirmou  que houve, sim, vazamento de benzeno. O Cesta notificou o gerente geral da refinaria, Cláudio Pimentel, sobre o risco de contaminação nas instalações, cobrando providências imediatas para garantir a saúde dos trabalhadores. Nesta sexta-feira (20), a Rlam sofrerá uma nova inspeção, desta vez feita por técnicos da Superintendência Regional do Trabalho.
Durante o acidente, houve rompimento da linha subterrânea de drenagem dos principais equipamentos da unidade para o F-3030, gerando um vazamento ainda maior de benzeno, com contaminação do solo e subsolo. Contrariando as recomendações da Segurança Industrial, a gerência da Rlam continuou expondo os trabalhadores ao agente cancerígeno e só autorizou a parada da drenagem mais de 10 horas após o rompimento da linha.

Irresponsabilidade da gerência amplia risco de contaminação
Apesar da gravidade dos fatos, os gestores da refinaria permitiram a execução de um serviço de escavação no local para identificar os pontos de vazamento. O trabalho foi feito por seis operários terceirizados, alguns sem qualquer tipo de proteção respiratória e com outros EPIs inadequados, como botas de couro e roupas de tecido. Esses trabalhadores foram expostos a um ambiente contaminado com uma concentração de 5,15 ppm! 
Não bastasse esse absurdo, a gerência da Rlam ainda autorizou a limpeza com vapor dos equipamentos da U-30/31, operação que foi feita na madrugada do dia 19, contaminando todo o ambiente em torno da unidade. Essa decisão irresponsável dos gestores da refinaria causou a exposição de trabalhadores a concentrações de até 7 ppm de benzeno, o que obrigou a evacuação de três unidades de processamento.

Sucateamento e redução de custos
O Sindipetro-BA foi informado pelos trabalhadores de que a mesma linha subterrânea de drenagem que se rompeu já tinha novo projeto desenvolvido pela Engenharia desde 2005. Mas, para economizar, a Rlam preferiu manter mais de mil trabalhadores expostos ao benzeno, produto comprovadamente cancerígeno e que já fez várias vítimas na refinaria. Um dos trabalhadores da U-30/31 já havia sido contaminado e está internado em São Paulo. 
No dia 21 de março, a Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz) realizou uma visita técnica na Rlam, onde constatou uma série de irregularidades e ficou estarrecida com o sucateamento dos equipamentos e a grave situação de risco dos trabalhadores.

Benzeno mata! 
No dia 05 de julho, João Dionísio Neto, técnico de operação da UO-BA que atuava no Campo de Miranga, morreu  vítima de leucemia, após lutar sozinho por mais de sete meses contra a doença, adquirida em exposição crônica ao benzeno, nas atividades que desempenhava em poços de petróleo.

Todo apoio à greve dos trabalhadores do Sistema Eletrobrás

Os eletricitários seguem firmes na greve nacional que teve início à zero hora do dia 16 e prossegue por tempo indeterminado, com avaliações diárias da categoria. Estão parados os trabalhadores da Chesf, Eletronorte, Eletrosul, Furnas, Cepel, Eletronuclear, CGTEE, além das unidades da Eletrobrás no Rio de Janeiro, Alagoas, Piauí, Rondônia, Roraima, Acre, Amazonas e Paraíba. A categoria luta por avanços na negociação salarial, que encontra-se em um impasse desde que a Eletrobrás apresentou como última proposta a simples reposição da inflação do período pelo IPCA (5,1%), com o mesmo índice sendo aplicado para os benefícios (auxílio creche, tíquete refeição/alimentação etc.).
A FUP apoia integralmente a luta da categoria. Somos solidários à greve e repudiamos a postura da Eletrobrás de querer transferir para os trabalhadores os ônus de uma crise que é do capital. Assim como os petroleiros, os eletricitários sofrem com condições inseguras de trabalho e a precarização gerada pela terceirização. É inadmissível que uma empresa pública e estratégica para o país, como é o Sistema Eletrobrás, desvalorize e desrespeite os seus trabalhadores. Todo apoio e solidariedade da nossa categoria aos eletricitários!

Servidores completam 30 dias de greve, sem proposta do governo

Mais de 20 mil servidores públicos federais realizaram na manhã desta quarta-feira (18) uma marcha pela Esplanada dos Ministérios para exigir abertura de negociações. Eles querem discutir imediatamente as três principais reivindicações da categoria: reajuste salarial, implantação de um plano de carreiras e melhores condições de trabalho. Três centrais sindicais (CUT, CTB e Conlutas) coordenam a campanha salarial unificada de 2012, através de 31 entidades que representam os trabalhadores nas três esferas do governo: legislativo, Executivo e Judiciário. A categoria reivindica uma política salarial permanente, com valorização do vencimento base, reposição inflacionária e incorporação de gratificações, além da retirada de projetos de lei ou medidas provisórias que restringem ou suprimem direitos sociais.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, eleito no último congresso da Central, criticou o governo pelo desrespeito com que tem tratado a luta legítima da categoria.  “É inconcebível que depois de 30 dias de greve o governo não tenha feito uma proposta para os servidores públicos federais. A greve é um instrumento legítimo de luta e o governo tem de receber o trabalhador para negociar. Queremos propostas para todos os setores e não apenas para os professores porque, senão, a greve continua, continua e continua”, declarou.  
Em reuniões esta semana com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti,  e o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o presidente da CUT cobrou que o governo rompa o impasse e destrave a negociação. Na quinta-feira, 19, a Central e demais entidades que representam os servidores reuniram-se com o Ministério do Planejamento para cobrar a apresentação de uma proposta até o dia 31. No próximo 02 de agosto, as centrais estão convocando um Dia Nacional de Luta em todas as cidades brasileiras, em solidariedade aos trabalhadores do setor público federal.

Professores: mais de 60 dias de luta

Os professores e técnicos de 58 universidades e demais instituições federais de ensino seguem em greve nacional, que completou 60 dias esta semana. O Comando Nacional de Greve rejeitou a contraproposta feita pelo governo no último dia 13. A categoria luta pela reestruturação da carreira, melhores condições de trabalho e valorização salarial. Junto com os servidores federais, os professores estão participando desde o dia 16 de um acampamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para pressionar o governo a apresentar propostas concretas que atendam às demandas mais urgentes dos trabalhadores. Na segunda-feira (23), haverá uma reunião entre o Ministério do Planejamento e representantes dos professores, para negociar a proposta que foi apresentada