Após cobrança da FUP, Petrobras informa que a Petros irá rodar uma segunda folha dia 10 para estornar descontos abusivos da AMS

Após novas denúncias de descontos abusivos lançados pela Petrobrás nos contracheques do adiantamento do dia 10 dos salários benefícios dos aposentados e pensionistas, a FUP tornou a acionar a empresa, que admitiu erros no sistema e informou que irá corrigi-los.

Em reunião com a Federação no dia 27 de janeiro, os representantes da Petrobrás na Comissão da AMS haviam se comprometido a suspender a cobrança em fevereiro de valores extraordinários referentes ao Benefício Farmácia. Isso, no entanto, não aconteceu, o que deixou aposentados e pensionistas desesperados com os descontos absurdos lançados pela empresa. Além disso, nos extratos de pagamento dos aposentados e pensionistas, não constam a devolução de 60% do valor que foi descontado em janeiro a título de saldo devedor do Benefício Farmácia. A empresa havia garantido que faria a devolução no pagamento do dia 10.

Questionada pela FUP, a Petrobrás informou que corrigirá os problemas e que a Petros irá gerar uma segunda folha de pagamento no dia 10 para estornar o que foi descontado a mais e efetuar a devolução de 60% dos valores descontados em janeiro a título de saldo devedor do Benefício Farmácia. 

Os conselheiros deliberativos da Petros eleitos pela categoria, Norton Almeida e André Araújo, também vêm fazendo gestões junto à Fundação para minimizar o impacto dos descontos da AMS nos benefícios dos aposentados e pensionistas (veja o vídeo abaixo). No próximo dia 09, haverá uma reunião da FUP com o presidente da Petros, Bruno Dias.

A FUP orienta os aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos em seus contracheques a comunicar ao sindicato para que possa ser apurado de forma ampla junto à Comissão de AMS, que voltará a se reunir no dia 08, a pedido da Federação.

“A gestão bolsonarista da Petrobrás não dá trégua à categoria, com ameaças constantes de retirada de direitos e até mesmo da perda de conquistas históricas, como a AMS e a Petros. O objetivo é enfraquecer e dividir os trabalhadores, jogando uns contra os outros e também a sociedade contra nós. É o projeto ultraliberal de um governo de extrema direita que hoje dita as ordens na Petrobrás. Não nos intimidaremos, vamos seguir na luta, defendendo os direitos da categoria”, afirma o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar