Desembarques de trabalhadores da P-20 por coronavírus reforçam importância da testagem periódica

Mais uma denúncia chegou a diretoria do Sindipetro-NF de casos suspeitos do coronavírus nas plataformas. Desta vez, o ocorrido foi na P-20.

Segundo informações, um cozinheiro sofreu um mal súbito e foi desembarcado de aeromédico, no dia 29. O mesmo teria testado positivo para o coronavírus.

Já no dia seguinte, (3), outros três trabalhadores da hotelaria do mesmo camarote desembarcaram com suspeita de coronavírus. Lembrando que na semana anterior, um suein da Petrobras desembarcou também testando positivo para o vírus.

O NF  entende que para qualquer caso confirmado a empresa deveria testar todos a bordo e posteriormente retestar para afastar o risco de falsos negativos, devido a falta de sensibilidade dos testes para infecções recentes. Inclusive, existe uma recomendação do MPT (Ministério Público do Trabalho)  e aprovação da Fiocruz para que seja realizada a testagem em massa, após os embarques.

Mas infelizmente, em todos os surtos, esse critério não está sendo atendido. Isso faz com que, muitas das vezes, as pessoas permaneçam a bordo cerca de 3 a 4 dias a mais, propagando o vírus.

“Dados da ANP demonstram que o risco de contaminação a bordo é enorme, onde 70% das contaminações registradas ocorrem a bordo. Onde isso se dá principalmente pela falta da testagem em massa como forma de rastreio e pela irresponsabilidade da Petrobras de aguardar que os trabalhadores primeiro desenvolvam os sintomas para agir”, criticou o diretor Alexandre Oliveira.

O diretor ressalta ainda que além da falta testagem em massa periódica, os trabalhadores ainda não utilizam os EPIs adequados, ou seja, certificados como máscaras PFF2, conforme determina a legislação em segurança do trabalho a NR 6.

O Sindipetro-NF mantém a vigilância atenta em relação ao caso. Mas, é importante lembrar que a empresa se recusa a informar os casos ao sindicato. Por isso, é muito importante  que aos petroleiros e petroleiras que mantenham o envio de relatos sobre a situação para [email protected]. para que a entidade possa agir na proteção dos trabalhadores.