Protestos crescem no 19J e sociedade sabe cada vez mais de quem é a culpa pela tragédia brasileira

Foi maior no País e foi maior no Norte Fluminense. Ao longo do final de semana, as postagens nas redes sociais dos participantes dos protestos do último sábado, além dos noticiários da imprensa, mostraram que as manifestações do 19J foram maiores do que as anteriores, no 29 de maio.

A sociedade confirmou a necessidade de ir às ruas, mesmo em meio a uma pandemia, mas com todos os cuidados possíveis, para derrubar um presidente que pode ser responsabilizado, hoje, por pelo menos 400 mil das mais de 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil.

De acordo com os organizadores, mais de 400 cidades em todos os estados registraram protestos, que reuniram cerca de 750 mil pessoas. Na região, houve manifestações em Campos dos Goytacazes (Praça São Salvador, com passeata até a Câmara de Vereadores), Macaé (Praça Veríssimo de Mello e passeata pela Rua da Praia), Rio das Ostras (Posto de Saúde da Família do Âncora, com bicicleata e carreata) e Barra de São João (Praça As Primaveras).

“Não existe melhor termômetro para provar que a popularidade do pior presidente que o Brasil já teve está descendo a ladeira de forma acelerada do que o povo na rua se manifestando, pedindo seu impeachment, o responsabilizando pela tragédia das mais de 500 mil vidas perdidas para a Covid-19”, registrou a CUT em seu site.

Quatro em cada cinco

A responsabilização direta do governo brasileiro por quatro em cada cinco mortes por Covid-19, no Brasil, tem por base estudo do epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas. De acordo com ele, esta é a proporção de mortes que poderiam ter sido evitadas se o governo federal tivesse adotado uma política ao menos compatível com a média mundial de ações de prevenção.

“Se a gente somar só a negligência do governo federal em comprar na época certa as vacinas da Pfizer e a Coronavac nós estamos falando de 95,5 mil vidas que foram perdidas. Essa é uma parte da equação. Agora eu vou trazer a outra parte da equação […]. No mundo hoje a média de mortes é de 488 pessoas para cada 1 milhão de habitantes. No Brasil é quase 2,3 mil mortes para cada 1 milhão de habitantes. Traduzindo isso para a população […], quatro em cada cinco mortes que aconteceram no Brasil seriam evitadas se o Brasil estivesse na média mundial”, explicou o pesquisador, nesta semana, em entrevista ao programa Estúdio I, da Globonews.

Confira abaixo imagens dos protestos:

Campos dos Goytacazes

Macaé