Petrobrás se preocupa cada vez menos com protocolos segurança contra Covid-19

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Desde o início da pandemia, o Sindipetro-NF questiona e luta por protocolos de pré-embarque mais seguros, mas infelizmente, a empresa anda na contramão e tem cada vez menos problema em agir contra seus trabalhadores. Nesta semana, o sindicato tomou ciência de mais uma série de medidas, que colocam em risco a vida do trabalhador, em meio a pandemia, que ainda não acabou.

 

Cansada de fingir a empresa agora dispensou o confinamento em hotéis no pré embarque para “cidades limítrofes”. Ou seja, o trabalhador deve se deslocar até o ponto de testagem, realizar o teste para Covid-19, retornar para sua residência, onde deve ficar em isolamento por dois dias e retornar ao hotel novamente. Todo esse trajeto fica por conta do trabalhador.

 

Sabemos que, muitos trabalhadores, devido as condições financeiras, terão que embarcar em transportes públicos, muitas vezes lotados e sem menor segurança sanitária, em pelo menos três viagens. O mais agravante é que a empresa ainda tem coragem de considerar como limítrofes percursos rodoviários como: Araruama x Cabo Frio, que são mais de 42 quilômetros de distância e Casimiro de Abreu e Casimiro, que são mais de 80 quilômetros, e possuem poucas opções de transporte direto.

 

A audácia da Petrobras não para em ainda exigir que os trabalhadores paguem do próprio bolso os três deslocamentos e utilizem uma pulseira desde a testagem no hotel e fiquem isolados em sua residência. Sem que isso gere nenhuma repercussão em sua frequência.

 

Para o Sindipetro-NF, esses protocolos além de ineficientes, são totalmente descabidos, pois além dos riscos de contaminação pela COVID-19, ainda geram riscos adicionas a vida do trabalhador. Com um número maior de viagens e com a exposição a insegurança pública, pois temos ônibus com horários de saída as 2 horas da madrugada.

 

O sindicato recomenda aos trabalhadores que não aumentem o risco para sua vida e família e exijam o cumprimento do item 2, que garante que caso o empregado julgue necessário cumprir o isolamento no hotel, poderá procurar o síndico que decidirá sobre a possibilidade de hospedagem até o embarque. Preferencialmente manifestar-se um dia antes.

 

Essa opção permitirá que o trabalhador reduza os deslocamentos e também não se exponha a horários de maior risco de sofrer de alguma violência urbana. Além de inequivocamente demonstrar a relação de trabalho.

 

Para todos os trabalhadores recomendamos ainda que guardem todos os protocolos e exigências da Petrobras, pois estes podem ser utilizados em futuras ações reparatórias na justiça.

 

Trabalhadores de base também são colocados em risco durante o retorno ao trabalho presencial

 

A Petrobras vem insistindo no retorno do trabalho presencial, mas logo na segunda semana da  onda 2, o sindipetro-NF já recebeu denúncias sobre problemas no fornecimento de EPI.

 

Segundo as informações obtidas, a empresa ficou uma semana sem disponibilizar máscaras de proteção aos funcionários por puro descaso com a logística de distribuição, já que, haviam em estoque mais de 80 mil máscaras PFF2.

 

 Gestão inconsequente resulta em morte e contaminação de trabalhadores

 

É lamentável dizer que muitas mortes e contaminações poderiam ser evitadas se não tivéssemos uma gestão inconsequente, que não ouve os sindicatos, desrespeita a ciência e as recomendações do Ministério Público e que ainda é acobertada por esse governo assassino.

 

Temos como exemplo claro, o caso de um trabalhador da P-40, que após ser contaminado e passar pelo período de isolamento embarcou sem passar por um médico do trabalho ou ser retestado no pré-embarque. Protocolo genocida criado pela empresa, que o SindipetroNF sempre alertou para seus riscos e foi veementemente contrário.

 

E esse mesmo trabalhador, após três dias de embarque precisou desembarcar de aeromédico, devidos suas condições de saúde. Após, o desembarque foi confirmado positivo para Covid-19, o mesmo ficou internado e após 30 dias, infelizmente, não resistiu e morreu devido as complicações da Covid-19.

 

O Sindicato reforça que tem trabalhado arduamente na luta em prol da saúde dos trabalhadores, mas precisamos da colaboração de todos se não desistirmos, mo futuro os governos ditatoriais perderão seu poder, os nomes e números escondidos serão revelados pelas investigações e os culpados vão receber sua pena.