Petrobrás se atrapalha para colocar em dia mais de 300 voos transferidos

Os petroleiros do Norte Fluminense voltam a sofrer, nesta semana, com atrasos e transferências nos vôos para plataformas da região. Nota da companhia atribuiu os transtornos “às más condições meteorológicas das últimas semanas”. Foram transferidos 343 voos no aeroporto de Macaé e no heliporto do Farol de São Thomé.

Para o Sindipetro-NF, no entanto, o motivo é outro: trata-se dos impactos das falhas gerenciais da Petrobrás na gestão da infraestrutura aérea na região, denunciada há anos pela entidade.

O sindicato considera prudente, correta e necessária a alteração dos voos quando há mau tempo, mas denuncia que a empresa não desenvolveu estrutura que dê condições de colocar os voos em dia quando o tempo fica bom, como nesta semana. 

De acordo com relatos dos trabalhadores, apenas duas aeronaves estão operando no aeroporto de Cabo Frio e uma no heliporto do Farol de São Thomé. Em Macaé, mesmo com mais aeronaves, o aeroporto permanece constantemente lotado.

Mesmo em meio a este caos aéreo, uma comitiva para Pargo, integrada pelo diretor executivo do E&P Sul-Sudeste, José Figueiredo, e pelo gerente geral da UO-BC, José Airton, manteve à sua disposição uma aeronave da Líder, prefixo LCG, que saiu de Macaé pela manhã e está indisponível para os trabalhadores durante todo o dia.

Na nota divulgada aos empregados, a Petrobras afirma que, no último dia 17, foram transferidos 100 voos do aeroporto de Macaé e 28 voos do heliporto do Farol. No dia seguinte, 18, foram 88 voos de Macaé e 27 de Campos. E, no dia 19, foram transferidos 77 voos de Macaé e 23 do Farol.

Além dos transtornos para quem aguarda o embarque, o caos aéreo provoca especialmente grande apreensão e prejuízos aos petroleiros que estão embarcados, que ficam mais dias a bordo, aguardando a chegada dos colegas do novo grupo de trabalho.