A P-35 foi interditada hoje, 21, pela fiscalização do MPT (Ministério Público do Trabalho), que após o embarque na unidade ontem, 20, constatou as condições de risco no sistema de gás inerte, desde a sua geração até os insufladores nos tanques, por conta do vazamento de monóxido de carbono, e no tanque SLOP de água produzida, por conta do vazamenteo de H2S. A Petrobrás já foi notificada a respeito e a consequência dessa interdição é a parada da unidade.
Isso aconteceu após realização do pedido de interdição da unidade feito pelo sindicato junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo), MPT (Ministério Público do Trabalho), SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego) e Marinha. Referendaram esse pedido de interdição 126 trabalhadores da Petrobrás e de empresas privadas do setor petróleo, que realizaram assembleia histórica seguindo indicativo do NF.
A P-35 é a plataforma onde 80% dos trabalhadores tiveram contato com o monóxido de carbono (CO) e que 22 petroleiros desembarcaram para atendimento médico, em 26 de setembro passado. Com 194 petroleiros a bordo, a Petrobrás manteve, na época, a produção de petróleo na unidade, de 60 mil barris/dia, com a utilização de máscaras de gás para os trabalhadores.
O Sindipetro-NF recebeu informação que nessa madrugada ocorreu contaminação de 2 PPM de gás sulfídrico nas acomodações. Essa notícia foi confirmada hoje, pela Petrobrás em reunião com o MPT.