Por meio do escritório Normando Rodrigues, a Federação Única dos Petroleiros representou ao ministério público (MPE) os gestores da Petrobrás que protagonizaram o lamentável episódio de Itaboraí.
No afã de agradar ao negacionismo fascista de Bolsonaro, então em visita a instalações da Petrobrás, os colarinhos-brancos se fantasiaram de petroleiros e dispensaram máscaras de proteção, assim violando as normas da própria empresa e expondo os presentes a risco de contágio.
Foram representados o diretor-executivo de relacionamento institucional e sustentabilidade, Rafael Chaves Santos; João Henrique Rittershaussen, diretor executivo de desenvolvimento da produção; Eduardo Bacellar Leal Ferreira, presidente do conselho de administração da Petrobrás; Cláudio Rogério Linassi Mastella, diretor executivo de comercialização e logística; e Juliano de Carvalho Dantas, diretor executivo de transformação digital e inovação.
Outras denúncias foram encaminhadas ao ministério público federal.
Além da questão sanitária, o gesto negacionista violou o Código de Ética da Petrobrás e é questionável perante o Conselho de Ética do governo federal.
Sabe-se, no entanto, que o ideário social hierarquizado do fascismo pressupõe que as normas só sirvam para punir “os de baixo”.