Bola de fogo na P-51 leva risco aos trabalhadores

O Sindipetro-NF recebeu informações da categoria de que no domingo, 18, um problema de compressão na P-51 causou descarte de gás para a atmosfera e depois um grande flash ou explosão, com grande risco. De acordo com os trabalhadores, as consequências da ocorrência só não foram maiores em razão da posição favorável de vento no momento.

Consultada pelo sindicato, a empresa negou a explosão. Segundo a gerência, o que ocorreu foi um procedimento para enfrentar uma queda da compressão por alta temperatura, causada pela falta de água de resfriamento. O caso teria sido gerado por problemas nas bombas de captação de água do mar.

O gás, ainda de acordo com a empresa, foi produzido automaticamente alinhado para o flare. “Neste momento verificamos que o piloto do flare de alta estava apagado e, seguindo procedimento aplicável , lançamos a “bola de fogo” para reacendimento do piloto e consequentemente do flare de alta , tendo sido a situação normalizada sem nenhum risco para plataforma e talvez o ruído ouvido foi no momento de ignição da mistura”.

Os trabalhadores informaram ainda que a queda na compressão aconteceu por volta das 19h, seguida do alinhamento. A explosão foi provocada após o retorno da compressão, aproximadamente às 19h30. A categoria também informa que nada foi feito ainda no flare para evitar nova incidência do problema.

Para o Sindipetro-NF, ainda que a operação tenha sido efetuada obedecendo a “procedimento aplicável”, deveria ter sido considerada uma alternativa mais segura: a parada de produção para resolução do problema.

A entidade questiona que a empresa não considere problemático o fato de manter a produção durante vazamento de gás para a atmosfera durante meia hora, além de mantê-la sob o risco de nova ocorrência. A opção gerencial mostra que o problema somente será solucionado quando houver uma parada programada de produção ou uma tragédia, o que ocorrer primeiro.