O Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra participou na manhã desta quarta, 23, de uma uma audiência pública interativa para debater a venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, organizada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Segundo a FUP, a venda da refinaria da Petrobrás na Bahia é uma mostra do que vai acontecer em outras regiões do Brasil se a Reman e outras forem vendidas para a iniciativa privada. Essa negociação para a privatização da Reman abre espaço para uma série de questionamentos por representar um grave risco ao mercado consumidor do Amazonas e de outras regiões.
“A oportunidade de investimentos no setor de óleo e gás está aberta para qualquer empresa desde a década de 90. Agora eu pergunto: – quantas empresas vieram investir de fato na construção de plataformas ou novas refinarias para o Brasil? Na minha visão, tudo que está sendo arquitetado pelo governo e o próprio papel do Cade e do TCU não tem sido cumprido na defesa do patrimônio público brasileiro. Nossas refinarias tem o papel de abrasileirar o preço dos combustíveis e derivados, mas com as vendas isso não será cumprido” – alertou Tezeu, durante a audiência.
Compuseram a mesa da audiência da CAE além de Tezeu, o Coordenador-Geral da FUP, Deyvid Bacelar; o coordenador do Sindipetro-AM, Marcus Ribeiro e o diretor Jonatas Santos; a pesquisadora Carla Ferreira, do Ineep; o economista do Dieese, Cloviomar Cararine e o presidente da Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro), Mário Dal Zot.
Reman
Os altos investimentos na Reman, localizada às margens do Rio Negro, em Manaus, começaram em 1995 e são mais um dos motivos de críticas à negociação para privatização. Dirigentes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) citam suspeitas que vão da idoneidade da compradora ao baixo valor negociado, segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep), está subavaliado.
De acordo com o próprio site da Petrobras, desde a década de 1990, a refinaria vem realizando investimentos em todas as suas áreas. Em 2000, diz o texto, com a entrada da nova Unidade de Destilação foi ampliada a capacidade de produção para 46 mil barris de petróleo por dia.
Atualmente, complementa a nota da estatal, sintonizada com as novas tecnologias e com as exigências do mercado, executa um arrojado planejamento em várias frentes de trabalho, buscando assegurar sua permanente modernização e elevação do diferencial competitivo. Apesar desta apresentação da Reman no site da Petrobras, a estatal assinou, em agosto do ano passado, um contrato da venda da refinaria que pode prejudicar os brasileiros e o país.
A íntegra da audiência poderá ser assistida em : https://www.youtube.com/watch?v=SPVpIfAa8VU
Com informações da FUP e da CUT