Leia Manifesto dos petroleiros da P-65

MANIFESTO DOS PETROLEIROS DA PLATAFORMA P-65

PETROBRÁS PRODUZ ÓLEO À CUSTA DE SANGUE E CORONELISMO

Neste momento de pesar e luto pelos amigos mortos na queda da aeronave, bem como pelo companheiro que morreu esmagado no Rio Grande do Norte, viemos por meio desta, demonstrar nossa indignação devido a falta de segurança em conseqüência do caos no transporte aéreo, causados pela falta de critérios e truculências da Petrobras.

No dia 22/08/11, atendendo a um indicativo do sindicato, 12 plataformas aderiram ao movimento de paralisação. O numero de plataforma a se mobilizar não foi maior devido ao curto espaço de tempo entre o indicativo, assembléia e movimento propriamente dito. Entretanto isto mostra o quão indignada a categoria se encontra em relação ao nível de insegurança na Petrobras.

Nossa empresa, a qual deveria ser referência em gerenciamento e comprometimento com a segurança, responde ao pedido de socorro de seus funcionários com um tiro de misericórdia. A Petrobras ainda distribuiu punições a 8 companheiros, que apenas solicitavam segurança para retornarem aos seus lares são e salvos.

Para que brigarmos por dinheiro se nossos cadafalsos estão engatilhados e os carrascos, hoje denominados gerentes, estão sedentos por puxar a alavanca?
Desta forma, pedimos a todos os petroleiros que se sensibilizem com nossos companheiros punidos, com a insegurança, e com o injustiça proporcionado pela Petrobrás. Todavia, nunca nos esqueçamos: se a empresa não respeita nem a luta pela vida, o que acontecerá adiante?

Não aceitemos o castigo, pois se nos outros ele causa revolta, em nós causa dor.
Suplicamos que o sindicato não debata qualquer outro assunto com a empresa, senão primeiramente a retirada das punições. Caso contrário, já entraremos nos próximos confrontos com significativas baixas, baixas que mexem com o moral da classe petroleira.

Exigimos justiça, e acima de tudo coragem da direção sindical para publicar em jornal de circulação nacional a truculência e insegurança a que os funcionários da maior empresa do Brasil estão submetidos.

Petroleiros de P-65