O Sindipetro-NF está presente, hoje, no ato contra privatização da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), no Ceará. A venda da base foi aprovada na noite do último dia 25, pela gestão da Petrobrás, para o grupo Grepar Participações pela irrisória quantia de US$ 34 milhões, o que representa a metade do seu valor.
O NF está representado na manifestação pelo coordenador geral da entidade, Tezeu Bezerra, que gravou um vídeo sobre a sua participação no protesto e sobre a venda absurda — o preço anunciado não cobre nem o valor do terreno da refinaria, denuncia o sindicalista.
Nesta semana, o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, também havia se manifestado sobre a venda da Lubnor. “Mais uma iniciativa da gestão da Petrobrás de venda de ativos, a preço aviltado, sem debate com a sociedade brasileira. Um desmonte de patrimônio público anunciado em meio a mais uma troca no comando da companhia em apenas 40 dias. Uma decisão equivocada, com possíveis efeitos perversos para a economia e o emprego nordestinos”, criticou.
Além de realizar protestos para mobilizar a categoria e a sociedade contra a priovatização da Lubnor, a FUP anunciou que vai entrar na Justiça para impedir mais desta entrega do patrimônio brasileiro. “Segundo estudo do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) , o preço negociado pela Petrobras para à Grepar Participações Ltda representa, pelo menos, 55% do seu valor em comparação com os cálculos estimados. De acordo com os parâmetros utilizados, a refinaria localizada no Ceará está avaliada com um valor mínimo, pelas projeções cambiais mais elevadas deste ano, de US$ 62 milhões, quando o valor negociado pela estatal com o potencial comprador foi de US$ 34 milhões”, denunciou o a Federação.
A Lubnor é a terceira refinaria da Petrobrás colocada à venda. A primeira foi a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, privatizada no final do ano passado com valor 30% abaixo do mercado e do estimado pelo Ineep e por bancos de investimento. Já a venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, por 70% de seu valor, não está concluída e é alvo de ações na Justiça contra o negócio.
[Com informações da Imprensa do NF e da FUP / Fotos: Imprensa do Sindipetro CE-PI]