O sindicato foi informado na noite dessa sexta, 18, pela gerência de SMS da UO-Rio, que o Navio Plataforma FPSO Cidade de Niterói vai evacuar 65 dos 98 trabalhadores a bordo. O navio encontra-se com a produção parada desde 15h15 da sexta, 18, e sem geração de energia elétrica desde das 19 horas do mesmo dia.
O FPSO Cidade de Niterói é um navio afretado pela Petrobrás e operado pela MODEC para produzir 30 mil bbl/dia no Campo de Marlim Leste, a 110 km de Macaé. Segundo a Petrobras, a plataforma é ancorada e não há risco para pessoas e meio ambiente.
A diretoria do sindicato está acompanhando a situação dos trabalhadores que já estão mais de 12 horas à bordo em situação precária, por falta de energia elétrica. A UO-Rio informou que, além do desembarque da maioria dos trabalhadores, está providenciando o embarque de um gerador portátil a ser ligado ao sistema elétrico do navio.
O sindicato sempre se posicionou contrário a terceirização da atividade fim pretendida pelos defensores do PL 4330, que ainda tramita no Congresso Nacional. Apesar de não estar legalizada, a Petrobras já pratica, em vários casos, a produção de petróleo através de contratos com os navios afretados. Também ocorre em algumas plataformas recém construídas que estão sendo operadas nos primeiros anos pelo consórcio vencedor da licitação.
Para a diretoria do sindicato, que exige o fim da terceirização, situações como essa só confirmam a necessidade de manter as primeirizada a atividade fim, tanto por uma necessidade estratégica como para manter o controle efetivo sobre as condições de saúde e segurança dos trabalhadores.
