NF marca Dia em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho

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O Sindipetro-NF marcou, na manhã de hoje, a passagem do Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, instituído pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), com a realização de atos em pontos de embarques e desembarques de petroleiros.

Os sindicalistas promoveram momentos de reflexão com os trabalhadores em memória das vítimas, e discutiram a realidade de insegurança no trabalho enfrentada pela categoria, nos aeroportos de Cabo Frio e Campos dos Goytacazes (Bartolomeu Lisandro) e no heliporto do Farol de São Thomé.

Também foram lembradas as conquistas dos petroleiros nesta área nos últimos anos, especialmente a partir da tragédia da P-36, quando o Sindipetro-NF assumiu a posição de destinar absoluta prioridade das suas ações para o combate à insegurança.
 Entre as conquistas dos trabalhadores que têm evitado mortes no setor estão o Anexo II da NR-30, elaborado com participação do NF; a implantação das Cipas nas plataformas, luta do sindicato que tem resultado em maior vigilância sobre as condições a bordo; a participação dos sindicalistas nas reuniões das Cipas, nas bases de terra e nas plataformas; o acompanhamento das inspeções dos órgãos de fiscalização; a atuação nos monitoramentos do benzeno e demais agentes ambientais e biológicos; a participação nas comissões de apuração de acidentes de trabalho; a pressão contínua dos sindicatos e da FUP nas comissões de SMS; o combate à subnotificação, inclusive por meio de denúncia que levou a Petrobrás a firmar termo de ajustamento de conduta; o Direito de Recusa; entre outras previstas no Acordo Coletivo de Trabalho.

Estes mecanismos garantiram um suporte técnico e legal que, aliado ao envolvimento constante da categoria, têm permitido o exercício de uma pressão permanente sobre as empresas do setor petróleo, especialmente sobre a Petrobrás e a Transpetro, tornando possível, desde 2010, uma série inédita de interdições por motivos de segurança em plataformas e bases operacionais de terra.

Para o Sindipetro-NF, no entanto, todas estas conquistas não dão motivos para que os trabalhadores se acomodem. Questões estruturais e de gestão, que geram insegurança ao priorizar a produção a todo custo, ainda continuam a exigir uma atuação firme para que o ser humano seja prioridade na empresa. Cada denúncia sobre condições inseguras, cada reunião de Cipa, cada mobilização, como a de hoje, se mantém essencial para salvar vidas.