Por uma Petrobrás 100% estatal e pública!

Nesta quinta-feira, 15, a FUP, o Sindipetro-PE/PB , a CUT e a Via Campesina realizaram um grande ato político em Recife, em frente à sede da Petrobrás, alertando a população para as reais intenções da mídia e da direita na campanha ostensiva de ataques à empresa.  A manifestação reuniu centenas de trabalhadores, estudantes e militantes sociais, com palavras de ordens e faixas denunciando os interesses políticos e econômicos que movem os tucanos e a mídia na tentativa de desmoralização da estatal.   

Foi o quarto ato organizado pela FUP e seus sindicatos em defesa da Petrobrás. No último dia 09, os petroleiros baianos, junto com a CUT também se manifestaram em frente à sede da empresa em Salvador, atrasando a entrada do expediente. A mobilização foi chamada pelo Sindipetro-BA e pela CUT contra a  campanha midiática que tenta transformar a Petrobrás  em palanque eleitoral daqueles que no passado tentaram privatizar a empresa e agora defendem o fim do regime de partilha, que garantiu a estatal como operadora única do pré-sal.
Outros dois atos em defesa da Petrobrás já haviam sido realizados em abril pela FUP e seus sindicatos no Rio de Janeiro, em frente à sede da empresa, e em Brasília, na Câmara dos Deputados Federais. A nova mobilização que seria realizada no Rio de Janeiro dia 15 de maio foi transferida para o dia 27, em São Paulo,  em frente ao prédio da Petrobrás, na Avenida Paulista, com participação de sindicatos de petroleiros de vários estados, da CUT, CTB e movimentos sociais.

Trabalhadores discutem proposta para Política Energética

Nos dias 19 e 20 de maio, a FUP e seus sindicatos participam do Seminário Nacional de Política Energética, convocado pela Plataforma Operária e Camponesa para Energia. O objetivo é unificar as lutas e ações sindicais na construção de um projeto popular de política energética, com foco na soberania nacional, que atenda às demandas e necessidades dos trabalhadores e do povo brasileiro. 
O seminário será realizado no Sindieletro-MG (Rua Mucuri, 271, Bairro Floresta, em Belo Horizonte) e discutirá temas como geopolítica energética; atualidade e perspectivas da indústria energética brasileira; Estado e sociedade no planejamento e regulação da indústria energética;  desafios na construção do projeto energético popular. Entre os palestrantes, estão confirmados o cientista político Igor Fuser, o ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, o engenheiro e pesquisador do setor elétrico, Dorival Gonçalves Júnior, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, o presidente da FNU, Franklin Gonçalves, além de representantes do MAB, da Fisenge, da Fundação Perseu Abramo e do Ministério de Minas e Energia.
A FUP é uma das entidades que integram a Plataforma Operária e Camponesa para Energia, ao lado do MAB (Via Campesina), FNU (urbanitários), Fisenge (engenheiros), sindicatos de engenheiros e eletricitários, além de outras entidades da Via Campesina.

FUP exige 100% de reposição dos postos de trabalho do PIDV

Em meio ao arsenal de ataques da mídia e da direita que de tudo fazem para desmoralizar a Petrobrás, a presidenta da empresa “comemora” a redução de custo de R$ 13 bilhões conquistados com o PIDV, tratando como um fardo os trabalhadores que tanto contribuíram para o crescimento da estatal. De forma autoritária e à revelia dos sindicatos, a Petrobrás implementou o programa, desprezando as principais propostas da FUP para resolver a situação dos petroleiros aposentados que continuam na ativa. Desde o início do ano, quando o PIDV foi apresentado, a Federação criticou as discriminações geradas pelo programa e condenou a redução de efetivos, deixando claro que todos os postos de trabalho deveriam ser integralmente repostos.
Em teleconferência com analistas e investidores no último dia 12, a presidenta da Petrobrás informou que tem “como premissa de reposição 60% dos desligamentos e a prioridade é de áreas operacionais”.  A FUP está cobrando uma reunião urgente com a empresa para tornar a exigir recomposição de 100% das vagas dos 8.298 trabalhadores que aderiram ao PIDV, o que reduziu em 12,4% os efetivos da empresa, impactando a categoria, que já sofre com dobras, acúmulo de funções e riscos constantes de acidentes.

Crise fortalece gestão neoliberal

O PIDV soma-se aos demais programas de reestruturação implementados recentemente pelos gestores da Petrobrás, com foco na redução de custos e aumento da produtividade, cujas consequências os trabalhadores estão sentindo na pele. Pelo que tudo indica, a ala neoliberal da empresa não só contribui para os ataques da direita, como também se fortalece e ganha cada vez mais espaço na gestão. Um giro rápido pelas estruturas de poder da Petrobrás evidencia o quanto os tucanos e demais colaboradores da direita estão entranhados na gestão da estatal, influenciando e determinando a retomada de políticas neoliberais, como o PIDV, o Mobiliza, o Procop, o Proef. Somam-se a isso as práticas antissindicais, a falta de vontade política de avançar em questões estruturais para os petroleiros, como saúde e segurança e primeirização dos postos permanentes de trabalho.
Tão lamentável quanto o avanço da direita na empresa, é a aliança dos divisionistas com esses gestores neoliberais. Vide a composição política deles no Conselho Fiscal da Petros – unindo-se aos conselheiros tucanos indicados pela Petrobrás – e o apoio do presidente da AEPET ao PIDV, como deixou claro durante os debates da eleição para o CA, onde declarou que a Petrobrás “precisa se oxigenar e não pode ficar com velhos arrastando chinelos pela empresa”.
Unidade nacional

Chapas apoiadas pela FUP vencem sete das nove eleições sindicais

Avançar nas lutas e conquistas, através do fortalecimento da unidade nacional, e derrotar as alianças espúrias dos divisionistas com a direita. Essa tem sido a resposta dos petroleiros nas eleições sindicais, onde as chapas apoiadas pela FUP estão sendo referendadas na maioria das bases. Das nove eleições sindicais realizadas desde dezembro do ano passado, a FUP venceu sete. 
No último dia 09, os petroleiros de Minas Gerais concluíram a eleição para a nova diretoria do sindicato e rejeitaram massivamente o projeto político do PSTU, que, no vale tudo para tentar minar a unidade nacional da categoria, se aliou ao que há de mais retrógrado na gestão da Petrobrás. Com 72% dos votos, a Chapa 1, apoiada pela FUP, CUT e CTB derrotou fragorosamente a chapa divisionista, que transformou em aliados os inimigos do passado, atuando em conjunto com gerentes tucanos e dirigentes de associações de aposentados, famosos por servirem de correia de transmissão para a direita da Petrobrás.
No Sindipetro-PR/SC, os petroleiros sequer deixaram seguir adiante a tentativa do PSTU de formar uma chapa oposicionista e referendaram com 95,8% dos votos a chapa única fupista, que reelegeu o atual presidente do sindicato, Silvaney Bernardes. 
Além de Minas gerais e Paraná/Santa Catarina, os trabalhadores elegeram chapas fupistas nos Sindipetros Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Bahia, PE/PB e Amazonas. Outra importante eleição segue em curso no Sindipetro-NF, onde a FUP, CUT e CTB apoiam a Chapa 1 – Avançar com segurança. A votação prossegue até o dia 23.

Crise de representação: base boicota eleição no Sindipetro-RJ

No Rio de Janeiro, a eleição sindical trouxe à tona a crise de representação que vivem os petroleiros. A ínfima participação da categoria no processo eleitoral se refletiu até mesmo no imenso número de votos em branco: 135! O Rio de Janeiro é a base petroleira com o menor índice de sindicalização do país. De cada 100 trabalhadores, apenas 15 são sindicalizados. Reflexo do que do intenso processo de esvaziamento que o Sindipetro vem passando, com a desfiliação em massa da categoria.
Portanto, é mais do que notória a rejeição dos petroleiros ao projeto político do PSTU, que há oito anos vêm tentando minar a unidade nacional da categoria. Apesar da Chapa 2, apoiada pela FUP, ter conquistado a maioria dos votos entre os petroleiros da ativa que compareceram às urnas, os divisionistas recorreram à absurda manobra de levar os aposentados para votarem nas unidades administrativas e operacionais.  A FUP continuará apoiando a oposição de base para trazer de volta à luta o Sindipetro-RJ, pois, como se intitulou a Chapa 2: Sindicato é dos trabalhadores!