P-37 está interditada desde o dia 30, confirma ANP

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A ANP (Agência Nacional do Petróleo) confirmou hoje, para o Sindipetro-NF, a interdição da plataforma P-37. A unidade está com a produção parada desde 30 de junho, após auditoria da agência. O sindicato foi informado sobre a interdição apenas no último dia 2, por trabalhadores, e enviou ofício para a ANP com o pedido de confirmação.

A agência informa que encontrou na P-37 elevado grau de degradação de estruturas, tubulações e equipamentos, além da inibição de sensores críticos.

“Foram observadas a bordo diversas tubulações, estruturas e equipamentos críticos com grau de degradação que comprometeria seu funcionamento regular. Acionadores locais (volantes) de válvulas das linhas de óleo e gás estavam impossibilitados de serem manuseados no caso de necessidade operacional, em virtude de corrosão avançada”, disse a ANP.

Também foram encontrados problemas nas linhas de combate a incêndio (linha de LGE – líquido gerador de espuma, linha de CO2 da tocha), que apresentavam estado de corrosão avançado. A Petrobras não foi capaz de assegurar que estas linhas suportariam a pressão de operação em caso de incêndio.

A linha de gás para a tocha (flare) estava operando com a ausência de dois instrumentos de medição (pressão e temperatura), o que impediria a visualização local dos parâmetros operacionais. Em caso de eventos indesejados, como sobrepressão ou alta temperatura no processo, o operador não perceberia a situação na supervisão local, ficando impedido de dar início aos procedimentos de controle da anomalia do processo.

Além disso, foram identificados registros de sensores críticos (de fogo e gás, instalados na chegada dos risers – turret) inoperantes, com a autorização apenas do operador da sala de controle. De acordo com a ANP, as boas práticas de engenharia, e os próprios procedimentos da Petrobras, determinam que sensores com tal importância só devem ser  inibidos com a autorização dos coordenadores de inspeção ou manutenção e do gerente da plataforma.

Esses sensores seriam responsáveis por, automaticamente, identificar e disparar os sistemas de combate no caso de incêndio ou vazamento de gás natural no ponto de chegada dos risers. A Resolução ANP 43/2007 determina ainda que, além da aprovação da hierarquia superior, sejam adotadas salvaguardas complementares e procedimentos operacionais provisórios quando da inibição de sensores críticos à segurança, o que não foi encontrado na unidade.