Vamos à luta! Assembléias estão aprovando estado de greve e paralisações

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Atendendo aos indicativos da FUP e de seus sindicatos, os petroleiros estão aprovando estado de greve e paralisações entre os dias 06 e 08 de julho para pressionar a Petrobrás a avançar na negociação da PLR, tomando como base a proposta dos trabalhadores. As assembléias já foram iniciadas em Duque de Caxias, São Paulo, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Norte Fluminense, onde os trabalhadores estão aprovando por ampla maioria os indicativos do Conselho Deliberativo da FUP, que também incluem condicionar o fechamento do acordo de PLR ao compromisso da Petrobrás de não repetir o vergonhoso abono pago aos cargos comissionados no ano passado e exigir da empresa um posicionamento em relação às PLRs futuras. 

As assembléias prosseguem até o dia 06. O calendário de lutas indicado pela FUP e seus sindicatos soma-se às mobilizações que a CUT e demais centrais sindicais realizam na próxima quarta-feira, por melhores salários, dando a largada nas campanhas reivindicatórias do segundo semestre (veja matéria no verso). Se aprovadas pelos petroleiros, as paralisações serão realizadas dia 06 nas áreas de E&P; dia 07, nas refinarias e dia 08, nos terminais, termelétricas, usinas de biodiesel e unidades administrativas. No sábado, 09, haverá uma nova reunião do Conselho Deliberativo da FUP para avaliar o quadro nacional e definir os próximos encaminhamentos em relação à PLR.

Fosso entre o piso e o teto

Diferentemente do que a Petrobrás tem anunciado, sua proposta de PLR aprofunda a relação piso e teto, elevando em até sete vezes a diferença entre o menor e o maior valor a ser pago. Além disso, mais uma vez, o provisionamento da PLR foi feito de forma unilateral pela empresa, sem negociação prévia com o movimento sindical.  
É preciso que o processo de negociação avance, tomando como base a proposta de PLR futura, aprovada pelos trabalhadores em assembléias e, que, desde 2008, a Petrobrás vem esquivando-se de implementar. Portanto, é a disposição de luta da categoria que dará o tom desta campanha. É fundamental que os petroleiros se preparem para o embate, aprovando e realizando uma grande mobilização nos dias 06, 07 e 08

 

 

O que está em jogo é a volta do surbônus
Mesmo recebendo uma remuneração mensal diferenciada em relação aos demais trabalhadores, os gerentes, supervisores, coordenadores, consultores e outros cargos de confiança embolsaram no ano passado um extra de 2,56 remunerações, somando a PLR e o abono pago pela Petrobrás ao apagar das luzes da campanha.  Portanto, o que está em jogo neste embate com a empresa é a volta do surbônus, uma imoralidade que a FUP e seus sindicatos combateram e derrotaram no governo FHC, mas que jamais saiu da pauta dos gerentes. 
Muito mais do que uma campanha de PLR, meramente econômica, a disputa que a categoria está travando com a Petrobrás é, acima de tudo, ideológica. É inconcebível que uma empresa pública fique refém de uma casta de executivos, que pressionam pela volta do bônus, uma política neoliberal, extremamente individualista, que estimula a divisão da classe trabalhadora e que levou à bancarrota uma série de corporações recentemente.  Os petroleiros estão respondendo nas assembléias que não permitirão esse retrocesso.

Trabalhadores nas ruas por melhores salários

Quarta-feira, 06, é dia nacional de mobilizações, com todas as
categorias na luta por ganhos reais e contra a precarização

A CUT e as demais centrais sindicais darão a largada nas campanhas 
reivindicatórias deste segundo semestre com os trabalhadores nas ruas de todo o país, na próxima quarta-feira, 06, exigindo ganhos reais, um basta à precarização do trabalho e à terceirização, fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho sem redução de salários e outras reivindicações. Além das bandeiras do movimento sindical, as questões sociais e políticas também serão pautadas no Dia Nacional de Mobilização da CUT, que contará com a participação dos movimentos sociais e populares.  Reforma agrária, reforma política com democratização do Estado, reforma tributária, Plano Nacional de Educação, entre outras bandeiras dos movimentos sociais serão pauta das mobilizações. A CUT também defenderá o fim do imposto sindical e uma nova estrutura sindical, com liberdade e autonomia.
A FUP e seus sindicatos se somam às mobilizações do dia 06, não só com a participação dos trabalhadores nas paralisações indicadas por conta da campanha da PLR, mas também nas manifestações que irão colorir de vermelho as principais ruas e praças do país. Os petroleiros, assim como os bancários, metalúrgicos, eletricitários, trabalhadores dos Correios, professores, servidores públicos, trabalhadores rurais, operários da construção civil e tantas outras categorias organizadas estarão nas ruas, deixando claro para os patrões que salário não é vilão da inflação! 
A classe trabalhadora não aceitará a desculpa esfarrapada dos empresários e do Banco Central de que o aumento de salários gera inflação. Um país só cresce e se desenvolve com justiça social, gerando mais e melhores empregos e salários. Por isso, nas campanhas salariais deste segundo semestre, os trabalhadores irão avermelhar a luta para garantir ganhos reais e combater a precarização e a terceirização, que retiram direitos e reduzem salários. A luta começa nesta quarta, 06. Participe!

FUP participa da posse da nova diretoria do Sindipetro-RS e de debate sobre refiliação

O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, participa nesta sexta-feira, 01/07, da posse da nova diretoria do Sindipetro-RS, coordenada pelo petroleiro Fernando Maia da Costa, que venceu as eleições do sindicato com o apoio da Federação e da CUT. Os trabalhadores do Rio Grande do Sul têm pela frente o desafio de consolidarem a unidade nacional petroleira, somando-se aos demais sindicatos da FUP para fortalecer a luta da categoria por melhores condições de trabalho, salários e em defesa da soberania nacional. A retomada da Refap 100% Petrobrás é a prova maior da importância da unidade para fazer a luta avançar e conquistar pleitos históricos como este. Na quinta-feira, 30/06, Moraes ressaltou a importância da refiliação do Sindipetro-RS à FUP, durante uma palestra promovida pelo sindicato em Canoas. O debate contou também com a participação do secretário da CUT nacional, Dary Beck Filho e do secretário da CNQ, Sérgio Novaes.

FUP intensifica luta para impedir “tolerância” da Petrobrás ao benzeno

Uma das pautas da reunião da CNPBz é o limite de exposição proposto pela empresa

Os representantes da CUT e da bancada dos trabalhadores na Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz) estão se articulando para barrar a intenção da Petrobrás de impor um “limite de tolerância” ao benzeno, como denunciou a FUP, ao tomar conhecimento de um documento enviado pela empresa ao Ministério do Trabalho, propondo rediscutir os critérios de caracterização de risco da exposição ocupacional ao produto.  O documento da Petrobrás é um dos pontos de pauta da CNPBz, que reúne-se entre os dias 06 e 08, em Vitória, no Espírito Santo. Os representantes da FUP, da CUT e das demais entidades de trabalhadores na Comissão (que é tripartite) irão refutar e combater o retrocesso da empresa em relação ao benzeno. 
“Temos dados técnicos e políticos que contrariam o documento apresentado pela Petrobrás, que nada mais é do que um grosseiro ataque ao Acordo Nacional de Benzeno”, revela o petroleiro Itamar Sanches, coordenador do Sindipetro Unificado-SP e representante da CUT na bancada dos trabalhadores na CNPBz. Recentemente, a FUP denunciou ao ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a tentativa da Petrobrás de impor aos seus trabalhadores um “limite de tolerância” à exposição ao benzeno, produto altamente cancerígeno. Os sindicalistas esclareceram que a intenção da empresa é limitar ainda mais o direito à aposentadoria especial dos trabalhadores que atuam em áreas insalubres. 
Na ocasião, a FUP também denunciou ao ministro que a Petrobrás e as demais empresas de petróleo não estão recolhendo a alíquota extra do GFIP, onerando a previdência pública, que acaba assumindo uma dívida que é dos patrões no momento de conceder a aposentadoria especial aos trabalhadores que sofreram com a exposição ao benzeno e outros agentes químicos.