Assembléia de petroleiros do Rio aprova por unanimidade refiliação do Sindipetro-RJ à FUP

Imprensa da FUP

 

Em assembléia extraordinária ocorrida nesta quinta-feira, 16, na sede do Sindipetro-RJ, os petroleiros do Rio de Janeiro aprovaram por unanimidade a refiliação do sindicato à FUP. Os trabalhadores também elegeram os delegados que os representarão no XV CONFUP, que será realizado no início de agosto, em Manaus. Em função da truculência e do autoritarismo da direção do Sindipetro, a assembléia, assim como o acesso dos trabalhadores sindicalizados ao auditório do sindicato, tiveram que ser garantidos por decisão judicial. Apesar da categoria ter realizado um abaixo-assinado com 750 assinaturas, aprovando a convocação da assembléia, os dirigentes do Sindipetro-RJ não reconheceram o direito legitimamente previsto pelo estatuto do sindicato. De forma arbitrária e antidemocrática, os diretores do RJ anunciaram à categoria em seus boletins que não realizariam a assembléia e nem permitiriam o acesso dos trabalhadores ao sindicato.

Foi preciso a interferência de oficiais de justiça para fazer valer o direito dos trabalhadores e obrigar os dirigentes do Sindipetro autorizarem a entrada dos sindicalizados. A equipe de filmagem contratada para registrar o evento somente foi liberada após muita insistência, pois a direção do RJ insistia que não podiam entrar porque não eram sindicalizados. Cumprindo liminar expedida pela juíza Jacqueline Lippi R. Moura, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, os oficiais de justiça tiveram que permanecer no sindicato para garantir a realização da assembléia. Ainda assim, os dirigentes do Sindipetro-RJ insistiram em desrespeitar a legítima vontade da categoria e trancaram com cadeados o auditório para tentar impedir o acesso dos trabalhadores. Mais uma vez, os oficiais de justiça e a própria juíza tiveram que intervir para garantir a abertura do auditório. A assembléia foi finalmente realizada, apesar do autoritarismo dos dirigentes do sindicato que transformaram em uma batalha jurídica um direito estatutário da categoria e um debate que deveria ser realizado de forma aberta, respeitando as diferenças de opiniões e posicionamentos políticos, como reza a democracia sindical. 

Além de tudo isso, a direção do Sindipetro-RJ fugiu ao debate e não participou da assembléia e ainda orientou os trabalhadores sindicalizados que apoiam a diretoria a não comparecerem ao sindicato, informando, de forma arbitrária, que não haveria assembléia. Os petroleiros não se intimidaram e fizeram valer o direito legal e legítimo da realização da assembléia, convocada na base, através do quórum necessário de assinaturas obtidas e apresentadas à direção, conforme prevê o estatuto do Sindipetro-RJ. A categoria deu exemplo de democracia sindical, foi à luta para defender a unidade nacional e aprovou a refiliação do sindicato à FUP, tornando público para todo o país o autoritarismo e a postura antissindical da direção do Sindipetro-RJ. Mas a batalha não está terminada e o embate judicial e político para fazer valer o Estatuto do Sindipetro-RJ e a manifestação dos que assinaram a convocação da Assembléia terá ainda muitos desdobramentos.