Primeiro de Maio de lutas

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Entidades sindicais e movimentos sociais em várias partes do mundo estarão nas ruas neste domingo, celebrando o Dia do Trabalhador. No Brasil, as centrais sindicais realizarão manifestações e eventos culturais e políticos, como o “Brasil-África: fortalecendo a luta dos trabalhadores”, que a CUT promove em São Paulo. A CTB e demais centrais sindicais do país farão eventos unificados, com confraternizações e mobilizações. 
O Primeiro de Maio é um dia de comemoração, mas, acima de tudo, de luta. Mais do que um feriado internacional, ele resgata a histórica greve dos trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, em 1886, pela redução da jornada diária de 13 para 8 horas. O movimento foi violentamente reprimido e seus líderes, condenados à morte. A Internacional Socialista instituiu a data como um marco na história da classe trabalhadora. O Primeiro de Maio, portanto, é um dia dedicado às lutas e conquistas do trabalhador. Uma data eminentemente classista.  
Nas manifestações de domingo, a CUT e demais centrais sindicais brasileiras colocarão em pauta as principais lutas dos trabalhadores, como redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários; fim do fator previdenciário; redução de juros; mais e melhores empregos e salários; fim da precarização do trabalho; reforma agrária, entre outras reivindicações.  Conheça a programação completa do Primeiro de Maio, acessando os portais da CUT –www.cut.org.br– e da CTB – www.portalctb.org.br.

O dia é do trabalhador e não do trabalho

Apenas dois países no mundo não reconhecem o Primeiro de Maio como o dia do trabalhador: os Estados Unidos e a Austrália.  Os EUA se recusam a reconhecer a arbitrariedade e a violência de seus atos em 1886 e instituiu em seu calendário o “Labor Day”, Dia do Trabalho, que nada tem a ver com o movimento ideológico desencadeado em todo o mundo pela Internacional Socialista. Já a Austrália realiza a homenagem ao trabalhador em diferentes datas, que variam de acordo com as regiões do país.

CUT é a central com maior representatividade do país

A CUT continua sendo a central sindical de maior representatividade do Brasil. Segundo o balanço divulgado na semana passada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a CUT representa 38,32% dos trabalhadores sindicalizados, enquanto a Força Sindical (segunda maior central do país) representa 14,12%. O levantamento tem sido realizado pelo Ministério desde a criação da Lei nº 11.648, de 2008, que reconheceu legalmente as centrais sindicais como entidades de representação dos trabalhadores. 
A CUT abriga quase metade de todos os brasileiros sindicalizados, representando, oficialmente, mais de 2,8 milhões de trabalhadores. Mas, segundo a Central, este número ainda é sub-avaliado. A CUT tem mais de 3.200 sindicatos, dos quais apenas 2.050 estão registrados, pois muitas entidades são sindicatos rurais e municipais, que antes da Constituição não necessitavam de registro. Em função disso, 1.050 sindicatos cutistas não foram incluídos no levantamento feito pelo Ministério do Trabalho

Eleições sindicais: FUP apóia Chapa 2 no Sindipetro-RJ e Chapa 1 no Sindipetro-MG

A direção colegiada da FUP conclama os trabalhadores associados aos sindicatos de petroleiros do Rio de Janeiro e de Minas Gerais a participarem ativamente do processo eleitoral, que escolherá a diretoria que irá conduzir as lutas da categoria pelos próximos três anos. Portanto, é fundamental que os petroleiros sindicalizados avaliem bem as propostas e as intenções dos candidatos antes de se decidirem. A votação termina nesta sexta-feira, 29, em ambos os sindicatos. 
A FUP reitera a importância da unidade nacional e ressalta que é fundamental que os trabalhadores votem em candidatos comprometidos em fortalecer a organização sindical petroleira, sem divisionismos.
Por isso, na disputa pela direção do SINDIPETRO-RJ, a direção colegiada da FUP apóia a CHAPA 2 – UMA NOVA DIREÇÃO, PELA UNIDADE NACIONAL, O SINDICATO É DOS TRABALHADORES (OPOSIÇÃO). No SINDIPETRO-MG, a FUP apóia a CHAPA 1 – UNIDADE, LUTA E CONQUISTA, formada por integrantes da atual diretoria do sindicato e por trabalhadores de base.
Essas duas chapas são formadas por companheiros comprometidos com as lutas da categoria, com a democracia sindical e com a unidade nacional em torno da FUP. A unidade, aliás, tem sido fundamental em nossas lutas e conquistas. A divisão interessa ao patrão e àqueles candidatos que se sustentam em discursos de pseudo combatividade, mas que no dia-a-dia sindical nada acrescentam às lutas e conquistas da categoria. Pregam o fim da FUP, mas acabam sempre pautados pelos acordos conquistados pela Federação. O divisionismo só enfraquece a categoria. Quanto mais intriga e divisões existir entre os trabalhadores, mais dificuldades teremos no enfrentamento com a Petrobrás e as demais empresas do setor.
Nestas eleições sindicais, diga sim à unidade nacional e vote contra o sectarismo.

FUP denuncia ao CRM irregularidades cometidas por médicos da Petrobrás

Profissionais cumprem metas para evitar afastamento de trabalhadores acidentados e doentes

Nesta sexta-feira, 29, a FUP reúne-se com representantes do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro para denunciar o assédio dos gestores da Petrobrás sobre os médicos do trabalho para que cumpram metas, evitando os afastamentos de trabalhadores acidentados e doentes.  Em várias unidades do Sistema Petrobrás, há denúncias de que os médicos da empresa estão sendo pressionados a reavaliar os atestados apresentados pelos trabalhadores, contrariando as orientações médicas anteriormente feitas por outros profissionais de saúde. 
No último ida 18 de abril, um Técnico em Química do Petróleo da Reduc sofreu um acidente de trabalho no laboratório da refinaria, quando respingos de uma mistura de clorofórmio e metanol atingiram seu olho esquerdo, embora estivesse portando EPI completo, inclusive óculos de segurança. Encaminhado pela Reduc a um especialista, o trabalhador recebeu atestado médico afastando-o de suas atividades durante três dias e orientando o uso de medicação e repouso em local escuro. O médico da refinaria, no entanto, desconsiderou o atestado e determinou que o petroleiro acidentado continuasse trabalhando, apesar da queimadura química no olho. 
Esta situação, apesar de colocar em risco a saúde do trabalhador e ser totalmente anti-ética do ponto de vista médico, tem acontecido com freqüência. É mais uma forma que os gestores da Petrobrás encontraram para burlar a legislação e mascarar os índices de afastamento, como a TFCA e a TFSA. Os médicos do trabalho transformaram-se em instrumento das gerências para darem continuidade à absurda política da empresa de subnotificação de acidentes e doenças ocupacionais com afastamento. 
Além de denunciar fatos como este aos membros do CRM-RJ, a FUP também solicitou uma audiência com os representantes do Conselho Federal de Medicina, em Brasília, para cobrar providências em relação à postura da Petrobrás.

Histórias de conquistas da Unidade Nacional na FUP

Pagamento do extra turno

O feriado de Primeiro de Maio será pago em dobro para todos os trabalhadores do turno, conforme conquistado pela FUP na greve de março de 2009. O extra turno (dobradinha) foi um dos direitos que os tucanos e demos usurparam da categoria no governo FHC. O ataque começou após a greve de 1995 e foi intensificado em 1998, quando a Petrobrás, de forma unilateral, suspendeu do turno o pagamento dos feriados trabalhados. A FUP reagiu, entrando com ações na Justiça e mobilizando os trabalhadores em greves de 24 horas em todos os feriados municipais, estaduais e nacionais. A Petrobrás continuou com o ataque, ameaçando acabar com a quinta turma e outros direitos da categoria. Para piorar, a empresa ofertou dinheiro aos trabalhadores a título de “indenização” pelo fim do extra turno. Os petroleiros, que já estavam com os salários congelados desde o ano anterior, terminam 1998 sem acordo assinado e com reajuste zero. A FUP continuou mobilizando a categoria contra os ataques e, após decretar greve em março de 1999, arranca da Petrobrás o compromisso de manter a jornada de 14×21. A empresa, no entanto, segue chantageando os trabalhadores, com ofertas que variavam de três a seis salários básicos pelo extra turno. Apesar do indicativo contrário da FUP, petroleiros de várias bases começam a aprovar nas assembléias a “indenização”, que na prática equivalia ao pagamento adiantado por apenas sete anos de feriados trabalhados, em troca da extinção do direito. A Federação e os sindicatos recorrem à Justiça para que o extra turno seja garantido. Os trabalhadores da Replan, em Campinas, obtêm liminar favorável à manutenção do direito e o sindicato é o único em todo o país que não assina o acordo de indenização cobrado pela categoria. Após pressão da FUP, a Petrobrás aceita manter no Acordo Coletivo o pagamento em dobro dos feriados de Natal e do Ano Novo. Apenas os trabalhadores da Replan continuaram recebendo os demais feriados. Mas, o ataque retornou em 2009, quando a Petrobrás cortou o pagamento para os trabalhadores da refinaria admitidos após 1999, levando a categoria à greve. Durante sete dias, os petroleiros da Replan pararam suas atividades no início de março, motivando uma greve nacional por cinco dias, indicada pela FUP. Em função desta mobilização, a Petrobrás voltou a pagar em dobro o feriado de Primeiro de Maio e, ao final da campanha reivindicatória de 2009, restabeleceu mais 20 horas de extra turno referentes à segunda e à terça-feira de carnaval e ao meio dia da quarta-feira de cinzas. Esta luta, portanto, continua e depende da unidade nacional da categoria para avançar.