Imagine você trabalhar em uma plataforma no meio do oceano e ficar sem água e com a comida racionada há mais de duas semanas. Essa situação está acontecendo na P-48. Segundo denúncias da categoria a bordo, a alimentação anda cada vez mais restrita, sem frutas, verduras para salada, queijos, iogurtes, etc.
Contam que tiveram dias em que a comida se repetia em todas as refeições e a água para beber na plataforma acabou e foi emprestada pelo flotel acoplado. Sem contar que trabalhadores com problemas de restrição alimentar estão passando mal com a alimentação fornecida a bordo.
Os trabalhadores também informaram que tanto a Petrobrás, quanto a empresa de hotelaria não comentam o motivo da restrição alimentar.
O Sindipetro-NF lembra que a NR 37 estabelece os requisitos mínimos de saúde, segurança e condições de trabalho e vivência a bordo de plataformas de petróleo, que estejam em operação em águas brasileiras. Quem trabalha embarcado não tem livre locomoção e nem acesso à terra, por isso as empresas devem garantir um mínimo de condições dignas para quem trabalha e isso não está acontecendo em P-48.
A diretoria do NF está questionando o SMS, Gerente Geral da UN-BC e os responsáveis pelo contrato para solicitar a rápida resolução do problema de restrição alimentar a bordo de P-48. Em paralelo, mantém o chamado para que a categoria envie relatos para [email protected].
