Fim dos PEDs na Petros, volta do 70×30 na AMS e reconstrução do setor petróleo entre os desafios de 2023

Do boletim Nascente – O ano novo vai chegar com missões muito definidas para a categoria petroleira e metas arrojadas de transformação na política energética do país. Para o movimento sindical petroleiro, estarão entre as prioridades “o fim dos equacionamentos da Petros, a volta do chamado 70×30 da AMS (Assistência à Saúde), o respeito aos trabalhadores, a retomada dos direitos, a reconstrução da Petrobrás e a anistia das punições e remoções políticas”, de acordo com o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.

No plano energético mais amplo, as diretrizes estão no relatório do Grupo de Transição para o segmento. Segundo um dos seus integrantes, o economista Rodrigo Leão, que é pesquisador do Ineep, uma seção do documento envolve diretamente a Petrobrás e prevê as “Ações e medidas de petróleo, gás e biocombustíveis”.

Reconstrução

Nela, estão registradas três grandes frentes: o “Programa de Expansão do Refino Nacional”, que sugere “realizar uma política pública integrada, envolvendo diferentes atores como a Petrobrás, o MME, o Ministério da Indústria e o BNDES, visando organizar uma expansão no parque de refino para atender os principais mercados deficitários do país em termos de derivados”.

Também há a indicação de criação do “Programa de Inovação Energética” (que envolve também o setor de energia elétrica), onde é pontuada a necessidade de “Criar um modelo atraente de inovação […] com ampliação do parque industrial nacional e consequente geração de emprego e renda”.

E, por último, o grupo indica a “Revisão do atual Plano Estratégico da Petrobrás, pelo novo Conselho Administrativo da empresa, visando incorporar ações que permitam implementar as políticas sugeridas no programa de governo.”

Os desafios, portanto, são gigantes, mas o NF celebra o novo ambiente político em que estas conquistas serão buscadas, sempre com muita luta e organização.