Junto com a CUT, CTB e vários sindicatos e organizações sociais, os petroleiros voltam a ocupar as ruas para protestar contra os ataques da mídia e da direita que tudo fazem para tentar desestabilizar a Petrobrás. Desta vez, o local escolhido é a cidade de São Paulo. Uma grande manifestação tomará a Avenida Paulista na terça-feira, 27, quando centenas de trabalhadores se concentrarão pela manhã em frente à sede da Petrobrás. Estão sendo esperados cerca de dois mil manifestantes, entre petroleiros, estudantes, militantes sociais e trabalhadores de outras categorias.
A Secretaria Nacional da CUT está ajudando na construção do ato, junto com a FUP e o Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo. Caravanas com petroleiros sairão de outros estados para somarem-se à manifestação. Além de cobrar uma gestão 100% estatal e pública para a Petrobrás, com controle social e participação dos trabalhadores, o ato alertará a população para as reais intenções da mídia e dos políticos nesta campanha contra a empresa.
“Nós sabemos que a direita que ataca a Petrobrás, quis vendê-la no passado. Precarizou a empresa, diminuiu número de trabalhadores, tomou decisões muito ruins e fez o contrário do que diz que quer fazer agora”, destaca Roni Anderson Barbosa, petroleiro paranaense que integra a Executiva Nacional da CUT. Para ele, os ataques tem estreita relação com o pré-sal e com as eleições. “A direita e a mídia golpista querem mudar a legislação pois não aceitam a Petrobrás como operadora única do pré-sal”.
Trabalhadores avançam na construção de projeto popular energético
A FUP e demais entidades que integram a Plataforma Operária e Camponesa para a Energia debateram nos dias 19 e 20 de maio um conjunto de propostas para avançar na construção de um projeto popular para o ramo de energia. Os debates ocorreram em Belo Horizonte, durante o Seminário Nacional de Política Energética, que reuniu 14 organizações sindicais e do movimento social brasileiro, além de trabalhadores de energia da Argentina, Colômbia, Costa Risca e Venezuela.
O encontro analisou a atual política energética no Brasil e na América Latina, apontando a necessidade de fortalecimento da unidade entre os trabalhadores e as organizações do campo e da cidade para ampliar o debate em torno da construção de uma proposta eminentemente popular para o setor. Foram discutidos temas como geopolítica energética; atualidade e perspectivas do setor no Brasil; planejamento e regulação da indústria energética e os desafios para a construção de um projeto popular, com foco na soberania nacional, e que atenda às demandas e necessidades dos trabalhadores e do povo brasileiro.
Um dos palestrantes do evento, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, ressaltou a importância do setor de petróleo e gás para o desenvolvimento nacional e alertou que os ataques contra a Petrobrás “são uma tentativa da direita de retomar o modelo neoliberal de concessão implementado no governo de FHC”. Ele ressaltou que a atual conjuntura impõe a necessidade de intensificação da luta para que a estatal petrolífera esteja realmente voltada para um projeto popular de energia, com participação dos trabalhadores e da sociedade.
Este foi o terceiro seminário nacional realizado pela Plataforma Operária e Camponesa para a Energia. O primeiro aconteceu em abril de 2012, quando pela primeira vez o governo discutiu o modelo energético do país com os trabalhadores e movimentos sociais. No ano passado, outro seminário foi realizado em junho, focando na questão da Indústria e Desenvolvimento.
FUP reúne-se dia 30 com a presidente da Petrobrás para discutir recomposição das vagas do PIDV
Em resposta às cobranças da FUP, a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, receberá a entidade no dia 30 de maio para discutir o calendário de recomposição dos postos de trabalho impactados pelo PIDV. A reunião foi cobrada pela FUP em documento no último dia 15 de maio, já que a empresa até o momento não discutiu com as representações sindicais os resultados do Plano, que sobrecarregará ainda mais a categoria, que já sofre com um efetivo reduzido, que não acompanha, como deveria, o crescimento da Petrobrás.
Além do PIDV ter sido implementado de forma unilateral, sem qualquer negociação com os trabalhadores, a empresa ainda não respondeu as cobranças da FUP de recomposição integral dos postos de trabalho que serão extintos. Segundo dados divulgados à imprensa e aos investidores, 8.298 petroleiros aderiram ao Plano, o que representa 12,4% dos efetivos próprios.
Há anos, a FUP luta por um quadro de efetivos próprios que de fato atenda às necessidades dos trabalhadores, tanto nas unidades operacionais, quanto nas administrativas. A reposição integral de 100% das vagas disponibilizadas pelo PIDV é o mínimo que a categoria espera dos gestores da Petrobrás.
FUP exige equiparação dos níveis para todos os aposentados e pensionistas
A FUP enviou documento à Petrobrás nesta terça-feira, 20, exigindo uma reunião em caráter de urgência para que a empresa se posicione sobre a extensão e pagamento aos aposentados e pensionistas dos níveis salariais concedidos aos trabalhadores da ativa, em 2004, 2005 e 2006. Essa foi uma das conquistas do atual Acordo Coletivo, que está beneficiando de imediato cerca de três mil aposentados e pensionistas do Plano Petros, cujas ações já foram transitadas em julgado e estão em fase de execução.
No entanto, ainda existem aproximadamente outras 7 mil ações na Justiça de Trabalho, em que cerca de 18 mil assistidos do Plano Petros pleiteiam a equiparação dos níveis recebidos pela ativa e outras 1.235 ações que foram indeferidas pela Justiça, envolvendo 3.500 aposentados e pensionistas. Além disso, cerca de 19 mil assistidos do Plano Petros não têm ação judicial, mas esperam também ser contemplados pela isonomia.
É bom lembrar que na campanha reivindicatória, a FUP cobrou a extensão dos níveis para todos os assistidos do Plano Petros e a Petrobrás, através da cláusula 181, se comprometeu a apresentar no prazo de 180 dias, após a assinatura do ACT, uma proposta para resolver a situação daqueles cujas ações não transitaram em julgado, bem como dos aposentados e pensionistas que não recorreram à Justiça.
Esse prazo terminou no dia 28 de abril, sem que a empresa cumprisse o acordado com a categoria, apesar das constantes cobranças feitas pela FUP. Os aposentados e pensionistas exigem uma solução definitiva para esse impasse e não permitirão que os gestores da Petrobrás continuem de enrolação.
CNAP avaliará conquistas e pendências do ACT
Nos dias 29 e 30 de maio, o Conselho Nacional dos Aposentados e Pensionistas da FUP (CNAP) realizará sua primeira reunião este ano, em Natal, no Rio Grande do Norte. A pauta abrangerá conquistas e pendências do Acordo Coletivo, como a retomada do convênio da Petrobrás com o INSS para pagamento dos benefícios da Petros; a equiparação dos níveis pagos pela empresa aos trabalhadores da ativa nos ACTs 2004, 2005 e 2006; avaliação e proposta de melhoria para o Benefício Farmácia e outros serviços da AMS; devolução da parcela do INSS recebida em duplicidade em março de 2013, entre outras questões. O Conselho Nacional dos Aposentados e Pensionistas da FUP reúne-se semestralmente, com participação de até três representantes por sindicato filiado.
Petrobrás altera expediente durante a Copa sem consultar os trabalhadores
Através da DIP 201, a Petrobrás anunciou que encerrará o expediente administrativo duas horas antes dos jogos do Brasil na Copa do Mundo que começarem às 16h ou 17 horas. No entanto, imputará aos petroleiros o ônus desta decisão corporativa, exigindo-lhes a compensação das horas não trabalhadas. A FUP questiona mais essa atitude autoritária da empresa e solicitou reunião para discutir com o RH os critérios do expediente na Copa do Mundo.