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A SEMANA
Editorial
Herói é quem atua no coletivo em defesa da vida
Esta sexta, 28, é o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. A primeira data foi instituída em 2003, pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), tendo como referência o dia de uma explosão numa mina no estado norte-americano da Virginia, que matou 78 mineiros em 1969. No Brasil, a data foi instituída em 2005, pela Lei nº 11.121.
A fixação de um dia para lembrar a necessidade de priorizar a saúde e a segurança no trabalho tem um caráter didático e contribui na luta pela vida. No Sindipetro-NF, a data se soma a tantas outras ações durante todo o ano, sendo a entidade reconhecidamente uma das que mais pautam o tema da segurança no trabalho em sua agenda.
No Brasil é especialmente difícil superar uma cultura de ausência de prevenção, de negação do risco, de resistência a “fazer gastos” em equipamentos, pessoal e procedimentos que protejam a saúde e a segurança. País ainda de forte mentalidade escravocrata, os trabalhadores e trabalhadoras até hoje são tratados como peças substituíveis.
Na indústria do petróleo, em particular, além desta cultura geral do patronato, foi necessário enfrentar uma cultura relacionada ao próprio ethos petroleiro, de heroísmo e de convivência “natural” com os riscos “inerentes” à atividade. Petroleiros mais antigos gostavam de se orgulhar por terem enfrentado condições ainda mais adversas do que as atuais, desbravando campos de terra em áreas inóspitas e plataformas em condições precárias. Ainda hoje é possível encontrar postagens em redes sociais com vídeos de operações perigosas que destacam esse “heroísmo”.
Tem sido uma luta constante mostrar que herói é quem volta vivo para casa e salva não apenas a própria vida, mas as de todos os companheiros, atuando de modo coletivo e organizado em defesa de uma vida saudável e segura, mas temos conseguido.
Encontro nacional da mulher petroleira
O NF vai divulgar em breve a forma de inscrição na região para o Primeiro Encontro de Mulheres Petroleiras da FUP e da FNP, mas a data do evento já pode ser reservada: 23 a 25 de maio, em Cajamar (SP). Sob o tema “Nunca mais sem Nós”, mulheres petroleiras ligadas às duas federações se reúnem para discutir assuntos caros à luta e resistência das mulheres. O objetivo desse primeiro encontro é tirar diretrizes de enfrentamento e instrumentalização para combater todas as formas de opressão.
28 de Abril
O programa NF ao vivo desta semana, nesta quarta, 26, vai marcar a passagem do Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, o 28 de abril. A interação ao vivo acontece às 19h30, pelo Youtube e pelo Face do NF.
1º de Maio
O Sindipetro-NF vai marcar a passagem do Dia do Trabalhador, neste ano, com inserções sindicais na programação das TVs regionais, Inter TV e Record TV, lembrando a importância do trabalhador e dos sindicatos. O conteúdo também estará nas redes sociais da entidade.
Estamos de olho
O Sindipetro-NF está de olho na conduta de um certo supervisor da P-62. Relatos da categoria informam que é muito comum ele ser agressivo quando contrariado. Chegou a quebrar capacetes de dois trabalhadores jogando-os ao chão e a fazer ofensas pelo rádio. O sindicato cobra apuração rigorosa pela gestão da Petrobrás.
Caos aéreo
Depois das assembleias que aprovaram estado de greve contra o caos aéreo, reivindicando o atendimento imediato ao menos de medidas mitigadoras dos transtornos, o NF e demais sindicatos das bases atingidas seguem na pressão para que a empresa solucione o problema. Relatos devem continuar a ser enviados para [email protected].
Aposentados
Plenária Aposentados na sede de Campos dos Goytacazes elegeu, no último dia 19, delegados e delegadas ao XXIV Congresso da Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão). O evento será realizado nos dias 25 e 26 de maio, em São Paulo, e será o primeiro em formato presencial após três edições online em decorrência da pandemia da Covid-19.
VOCÊ TEM QUE SABER
PLR: Envie documentos para execução individual
O departamento jurídico do Sindipetro-NF ganhou a ação coletiva da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2019 e começa nesta quarta, 26, a receber a documentação para execuções individuais (pelo e-mail [email protected]).
A entidade ajuizou ação coletiva em 2021, “com objetivo de fazer valer o acordo coletivo firmado em 2014 sobre a Participação nos Lucros e Resultados – PLR no ano de 2019”, lembra o departamento. “Todos devem recordar que a Petrobrás e a Transpetro se recusaram a realizar o pagamento da PLR referente à 2019, justificando com uma ilusória vedação de órgãos governamentais, mesmo com todos os esforços e argumentos desmentindo essas justificativas por parte das entidades sindicais. Entretanto, o acordo coletivo de trabalho tinha período de vigência 31/03/2014 e 30/03/2019, ou seja, os trabalhadores teriam direito ao pagamento de ao menos, 3/12 avos de PLR. A omissão intencional da Petrobrás e da Transpetro, bem como a proporção devida aos trabalhadores foram reconhecidas pelo judiciário, conforme decidido pela 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho”, esclareceu o escritório Normando Rodrigues, que presta assessoria ao sindicato.
Para mais informações a categoria deve entrar em contato com o departamento jurídico do Sindipetro-NF por meio do whatsapp (22) 98114-3867 ou pelo e-mail do Departamento Jurídico: [email protected].
Documentos
1 – Documentos pessoais (identidade, CPF e comprovante de residência).
2 – Demonstrativos do pagamento da PLR de 2018 (demonstrativo ou contracheques de 2019 que incluam as rubricas “antecipação da PLR” e “PLR”).
3 – Ficha de registro do empregado (FRE).
Eleições: Hora de participar para fortalecer seu sindicato
Aberto no último sábado, 22, e segue até o próximo dia 5, às 17h, o período de votação nas eleições para Diretoria Colegiada e Conselho Fiscal do Sindipetro-NF. A participação pode ser de modo online ou presencial, à escolha do petroleiro ou petroleira. Todas as informações e links estão disponíveis no site do Sindipetro-NF (sindipetronf.org.br).
O sindicato tem destacado a importância da participação na eleição. Um contingente expressivo de votantes fortalece a entidade, dando mais peso à sua representação nos embates com as empresas do setor petróleo (Petrobrás e privadas) e nas lutas junto às demais esferas da vida pública em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras.
“Como toda eleição, o resultado massivo legitima o sindicato nas futuras negociações e embates com as empresas. Todos e todas ao voto, para um Sindipetro-NF fortalecido e unido”, disse o coordenador da Junta Eleitoral, Vitor Carvalho, em entrevista à edição do Nascente na semana passada.
Urnas físicas
Urna 1 – Sede Macaé
Urna 2 – Caselli/Ferradaz (Torres Gêmeas – Imbetiba)
Urna 3 – Iriri/Imboassica (Torres Gêmeas – Parque de Tubos)
Urna 4 – UTGCAB (Cabiúnas)
Urna 5 – Sede Campos
Urna 6 – Farol de São Tomé
Urna 7 – Aeroporto de Cabo Frio
Importante: as urnas presenciais funcionarão apenas nos dias úteis e entre às 9h e 17h.
Voto online
https://app.panagora.com.br/sindipetronf/eleicao
Companheiro Luiz Lorenzon, presente!
O NF e a FUP registram nesta semana com imensa tristeza a morte do diretor sindical Luiz Antônio Lourenzon. “Estamos todos devastados por essa notícia, que chocou o movimento sindical petroleiro e as organizações sociais com as quais ele tanto contribuiu ao longo de sua vida”, disseram as entidades.
Aos 55 anos, Lourenzon foi vítima de um infarto à bordo da plataforma P-47, na Bacia de Campos, em seu primeiro dia de embarque na região, após 36 anos de empresa. “Ele estava a bordo quando passou mal na tarde de ontem (19/04) e teve que ser resgatado às pressas. Chegou a ser internado em Macaé, com sintomas de um infarto não hipertensivo, mas não resistiu e faleceu na manhã desta quinta-feira, 20”, esclareceu a FUP.
Em luto, o NF manifesta suas condolências aos familiares, amigos e colegas do bravo e inesquecível companheiro Lourenzon, que para sempre estará presente.
Assembleia nesta quarta para avaliar contas do NF
Os petroleiros e petroleiras do Norte Fluminense têm assembleia geral nesta quarta, 26 de abril, às 10h, para avaliar a Prestação de Contas 2022 e a Proposta Orçamentária 2023 do Sindipetro-NF.
A Assembleia acontecerá no Sindicato dos Bancários de Campos (Marechal Floriano 129 – Centro – Campos dos Goytacazes), porque as sedes do sindicato estão com acesso limitado em razão do período eleitoral.
A entidade destaca que é importante que todos os petroleiros e petroleiras que ajudam a construir o sindicato participem deste momento importante.
SAIDEIRA
NF conquista pagamento de retroativo a agosto de 2022
No último dia 19, após solicitação do Sindipetro-NF, a Petrobrás concordou com o reajuste do Auxílio Deslocamento retroativo a agosto de 2022. Esses valores retroativos serão pagos no contracheque do mês de maio de 2023.
Em agosto de 2021, o sindicato assinou um Acordo Regional que garantia o pagamento do Auxílio Deslocamento para os trabalhadores da Petrobras da Bacia de Campos que moravam fora do Estado do Rio de Janeiro. Esse auxílio estava sem reajuste e o Sindipetro-NF vinha pressionando para que a gestão anterior da empresa aplicasse a correção nos valores, sem sucesso.
“Consideramos uma grande conquista o reajuste do Auxílio Deslocamento pela atual gestão da Petrobrás. Um direito que a gestão bolsonarista tentou acabar ano passado, assim como o Dia do Desembarque e o Turno de Manutenção, mas o sindicato e a categoria resistiram e conseguiram manter. Nosso desejo é que esse direito seja estendido aos petroleiros de todo país”, afirma o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.
Veja em is.gd/auxdesl a tabela com o aumento do auxílio deslocamento conquistado pelo Sindipetro-NF na área de abrangência da entidade.
DIÁLOGO NA GEOLOGIA – O Sindipetro-NF iniciou no último dia 18, por meio de reunião em ambiente online com gestores locais e de Recursos Humanos da Petrobrás, um diálogo sobre os impactos nocivos da terceirização na área de geologia da empresa. Uma nova reunião, desta vez presencial, será marcada para que os entendimentos continuem. A entidade foi representada pelo coordenador geral, Tezeu Bezerra, e pelo coordenador do Departamento de Saúde e Segurança, Alexandre Vieira.
NORMANDO
A gravata e a gargalheira
Normando Rodrigues*
Muitos não entenderam porque o ato de Janja comprar uma gravata para Lula é um escândalo capaz de abalar a moralidade administrativa do governo.
Não se trata apenas de fazer oposição a Lula. Claro, são extremamente convenientes aos milionários brasileiros infinitas oposições a Lula, sobretudo quando Lula desafia os interesses da sagrada pátria dos milionários, os EUA.
A questão a ser desvelada com holofotes e microscópios é que, como demonstrado já no mensalão, a pulsão de morte exercitada contra Lula legitima qualquer instrumento de oposição, por mais animalesco e irracional que seja.
Assim, foi tolerado que Agripino Maia gritasse no Senado a necessidade de “acabar com essa raça” (no melhor estilo do fascismo alemão), e é tolerável o pedido de impedimento mal-fundado na cogitação de que um “sequestro” armado contra o armamentista Mister Moro seria uma armação. Pedido armado pelo deputado autodenominado príncipe de Orleans e Bragança.
Tolerou-se a inesquecível e grandiloquente via crucis durante a qual Lula foi por 580 dias prisioneiro de semiletrados juiz e acusador, amantes do dinheiro e movidos por ambições político-partidárias e financeiras, nas palavras do neo-intolerante Gilmar Mendes.
Tolera-se o fascismo, o racismo, a misoginia, a homofobia e cada ratazana que sai à luz do sol vinda desses esgotos. Tolerou-se o golpe de 2016, a tentativa de golpe de 8 de janeiro, e eventual ditadura subsequente. Se sangrenta, melhor, a fim de “acabar com essa raça”.
Tolera-se o assalto ululantemente óbvio da família Bolsonaro a tudo o que de público consigam colocar no bolso, no caminhão de mudanças e na conta bancária, sem o menor receio de que a combativa (contra Lula) mídia hegemônica venha a chamar o assalto de assalto.
Tolera-se o casamento entre o milionário político bolsonarista de 65 anos e a comprada adolescente de 16, ao preço da nomeação da mãe vendedora, em cargo público. E se o faz com a mesma tolerância consagrada aos playboys dos anos 70 que raptavam, estupravam e matavam meninas de 7 anos, certos da impunidade garantida pelos pais-fundadores da Ditadura.
A verdade é que Lula é combatido para além do limite da racionalidade devido ao simples fato de representar a classe social que, embora majoritária no Brasil, é minoria política.
Essa classe, majoritário-minoritária, não pode usar gravata. Em seu pescoço melhor cabe a gargalheira de ferro dos escravos, seja ela visível ou não.
E melhor lhes cabe a gargalheira do que a gravata, porque a própria existência de milionários, enquanto milionários, depende essencialmente da maioria continuar a ser minoria.
Daí o feroz vale tudo e a prostituída tolerância.
* Assessor jurídico do Sindipetro-NF e da FUP. [email protected]
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