Comemoramos e continuamos na luta

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Após a organização do novo governo e da posse da presidenta Dilma Rousseff, os brasileiros seguem confiantes de que agora, o país que teve intenso desenvolvimento econômico e social nos últimos oito anos, seguirá crescendo, de forma que as injustiças de 500 anos de desigualdades sejam erradicadas de uma vez por todas.
Para os brasileiros, ganhar o respeito da maioria dos países desenvolvidos é importante, porém, também existe a consciência de que este protagonismo internacional deve ser conciliado com avanços internos e fundamentais como o amplo acesso à saúde, educação, segurança, saneamento básico, ou seja, a continuação da rede de serviços sociais do governo. Além da ampliação do acesso à banda larga de internet e à TV Digital, fatos que se consolidados, possibilitará a real democratização da comunicação e informação no Brasil.
Para os petroleiros, os próximos quatro anos também serão de continuidade no processo de luta das suas demandas específicas junto a outros fatos de importância nacional, como a questão do pré-sal, a campanha “O Petróleo Tem que ser Nosso” e a luta pela aprovação do PL 531/2009, projeto de lei da FUP e dos movimentos sociais, que atualmente, tramita no Senado Federal, e que prevê a destinação dos recursos do pré-sal para toda a sociedade brasileira.

Acidente na Petrobrás: petroleiro morre na Fafen-SE
No Sistema Petrobrás, 2011 começou exatamente como nos dois últimos anos anteriores, ou seja, com a morte de mais um trabalhador. Desta vez, a vítima da perversa política de insegurança da empresa foi o técnico de operação, José Almir dos Santos, de 49 anos, casado, pai de dois filhos, que trabalhava na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE). O petroleiro foi sepultado no primeiro dia do ano, após dois dias de internação em estado grave.
O acidente ocorreu no dia 28 de dezembro, quando o petroleiro tentava monitorar o vazamento da válvula de uma plataforma, em cima de um guindaste. A fatalidade também atingiu um trabalhador terceirizado que ao tentar escapar das chamas, se feriu e ainda encontra-se internado, porém, sem risco de vida.
Na primeira semana de janeiro de 2009, a política de SMS equivocada da Petrobrás matou um trabalhador na P-34, no Espírito Santo, e em 2010 na P-35, na Bacia de Campos. Assim como nos dois últimos anos, fica constatado que a para a Petrobrás, o ritmo da produção de suas unidades está sempre em detrimento à segurança e à vida de seus funcionários.
Na maioria dos casos, os acidentes nas unidades operacionais da empresa sempre são causados por meros descasos de seus gestores, que não paralisam algumas atividades de risco expõem a vida dos trabalhadores próprios e terceirizados.
Durante as últimas negociações com a Petrobrás, uma das pautas de grande importância está  relacionada à segurança dos trabalhadores. A FUP tem ressaltado que a melhoria das condições de trabalho é prioridade para todos os petroleiros, e que a mudança na política de SMS da empresa deve ser feita com urgência. A empresa comprometeu-se em realizar um fórum de discussão entre os representantes de SMS da FUP e da Petrobrás, que até o momento, não aconteceu.
Diante da postura equivocada da empresa e de mais um acidente desta gravidade, a FUP reafirma que continuará se mobilizando para que a vida dos trabalhadores do Sistema Petrobrás sejam valorizadas, e que os acidentes deixem de ser tratados como meras estatísticas.

Sindicatos da FUP assinaram o adicional da malha do gás
Na última semana de dezembro, os petroleiros de Duque de Caxias, do Norte Fluninense, Espírito Santo, São Paulo e de Pernambuco e Paraíba que exercem atividades externas nos gasodutos da Transpetro aprovaram em assembléias o adicional conquistado pela FUP em negociação com a subsidiária.
Após a aprovação por unanimidade, os sindicatos que representam estes trabalhadores assinaram o aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2009/2011 que prevê um adicional de 19,23% para os trabalhadores que atuam na malha do gás, acrescido do Adicional de Periculosidade, que garantirá um total de 25% sobre o Salário Básico. Além disso, a Transpetro se compromete a recompor os quadros próprios de técnicos de manutenção, no prazo máximo de 12 meses, visando, assim, respeitar o limite de 144 horas de sobreaviso, conforme prevê a cláusula 11ª do ACT.
Desde o início do ano, a FUP e seus sindicatos têm lutado para que a Transpetro corrija as distorções nos regimes e jornadas de trabalho dos técnicos de operação, manutenção e segurança que fazem atendimento externo na Malha do Gás. Como estão sob regime administrativo, com sobreaviso parcial, eles sofrem com sobrecarga de trabalho excessiva e, na maioria das vezes, sem folgas.
Ao longo dos últimos meses, a FUP realizou várias reuniões com a subsidiária, buscando uma solução para o problema.  O resultado foi a apresentação na semana passada de uma proposta de adicional para os petroleiros que exercem atividades externas nos gasodutos.
A luta por melhores condições de trabalho na Malha do Gás começou a se intensificar a partir das intervenções do Sindipetro Caxias, com conquistas importantes no Terminal de Campos Elíseos. A mobilização ganhou reforço dos sindicatos Unificado de São Paulo e Espírito Santo. A luta valeu a pena e garantiu para todas as bases de gasodutos da Transpetro um adicional que compensará os petroleiros pelos longos deslocamentos que fazem para seus locais de trabalho e pela dificuldade que têm para manter um horário fixo de repouso e de alimentação.

FUP finaliza negociação com mais duas empresas do setor privado

Na primeira semana de janeiro, a FUP deu prosseguimento ao processo de negociação com algumas empresas do setor privado. Os trabalhadores da Exterran das bases do Unificado de São Paulo aprovaram o acordo, e as demais bases ainda estão avaliando a proposta apresentada pela empresa nas assembléias. O processo de negociação do Acordo Coletivo dos trabalhadores da Halliburton do Norte Fluminense também foi finalizada nesta quarta-feira, 5.
Os acordos das demais empresas como a Schlumberger, BJ Service e BCH Energy, já foram assinados no mês de dezembro de 2010. As negociações prosseguem com a Drillfor, Perbras, ETX, Empercom e Q&B, entre outras.

San Antonio: trabalhadores encerram greve na Bahia
Nesta sexta-feira, 7, a greve de trinta dias realizada na Bahia, foi encerrada pelos trabalhadores do Grupo San Antonio, multinacional que controla a Prest e a Sotep. Após intensa negociação da FUP e o Sindicato da Bahia, os trabalhadores terceirizados aprovaram a contra-proposta apresentada pela empresa.
A proposta já tinha sido aprovada nas bases do Rio Grande do Norte e Espírito Santo,onde os acordos já foram assinados. Com a finalidade de equalizar os direitos de todos os trabalhadores da multinacional, no dia 22, a FUP iniciará o processo de negociação do Acordo Coletivo dos trabalhadores da HK(Santo Antonio), outra empresa que faz parte do grupo San Antonio.