Tucanos, tirem o bico da Petrobrás!

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

No último dia 27, entidades sindicais e movimentos sociais se manifestaram em frente às sedes da Petrobrás em São Paulo e em Brasília, contra a campanha ostensiva da mídia e do PSDB para denegrir a maior estatal do país, movidos por interesses políticos e econômicos. “Não há desenvolvimento no Brasil sem a Petrobrás”, reiterou o presidente da CUT, Vagner Freitas, ao lado de outros integrantes da Executiva Nacional da entidade, que participaram da mobilização na Avenida Paulista.       

Cerca de 500 manifestantes reforçaram o ato em frente ao Edisp. Estavam lá militantes do MAB, do MST, da UBES, da CUT, da CTB, da CGTB, dos Metalúrgicos do ABC e dos Bancários do Rio de Janeiro, além do Sindipetro Unificado-SP, que organizou o ato junto com a FUP, petroleiros do Paraná e Santa Catarina, do Espírito Santo, do Norte Fluminense, de Minas Gerais, do Amazonas, do Rio Grande do Norte e da Bahia. 
O coordenador do MAB, Joceli Andrioli, ressaltou que os ataques contra a Petrobrás são “parte de ações articuladas por setores privatistas para tirar proveito neste ano eleitoral, na tentativa de criar uma imagem negativa da empresa pública”. Os atingidos por barragens fizeram outra manifestação em defesa da Petrobrás no mesmo dia, em Brasília.
O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, alertou que “a pátria está ameaçada” e os ataques contra a Petrobrás continuarão. “Essa mídia e setores neoliberais conspiram o tempo todo contra o povo. Temos de nos encher de energia e compromisso com as futuras gerações para continuar travando esse combate”, ressaltou.

NF e RJ: dois projetos opostos de sindicalismo

Os resultados das recentes eleições no Sindipetro-NF (veja matéria no verso) e no Sindipetro-RJ, duas de nossas principais bases sindicais,  devem servir de reflexão para a categoria. Cerca de 70% dos trabalhadores do Norte Fluminense são sindicalizados e mais de 60% compareceram às urnas. Já no Rio de Janeiro, que tem o dobro dos petroleiros do NF, somente 15% são filiados ao sindicato e menos de um terço participou da eleição. 
Não faz tanto tempo assim, o Sindipetro-RJ tinha 80% da base sindicalizada, um dos maiores índices do país. A desfiliação massiva não é só resultado de uma grave crise de representação sindical. Manter os trabalhadores longe do sindicato é uma velha tática das direções pelegas para preservar seus feudos eleitorais.  Prova disso é que dos 30% de sindicalizados que foram às urnas no Rio de Janeiro, 10% preferiram invalidar o voto. Isso nunca havia acontecido na história do movimento sindical petroleiro. Foram 172 cédulas brancas e 24 nulas, em um total de 1.851 votos.
No Norte Fluminense, o caminho escolhido pelos trabalhadores foi o oposto. Seis em cada dez petroleiros sindicalizados fizeram questão de votar e apenas 0,08% dos votos foram invalidados. O protagonismo dos petroleiros do NF nesse processo eleitoral reafirmou a importância e a força de um sindicato atuante, classista e combativo.  No Rio de Janeiro, o resultado das urnas revelou exatamente o contrário: a inércia de um sindicato que ficou refém de disputas partidárias e deixou os trabalhadores sem direção, sem propostas e sem perspectivas.

FUP monitora Benefício Farmácia e cobra melhorias

No início de abril, a FUP disponibilizou um sistema de monitoramente do Benefício Farmácia para que os petroleiros e seus dependentes esclareçam dúvidas sobre essa importante conquista e fiscalizem o atendimento. Através de um hotsite, que pode ser acessado no portal da FUP (www.fup.org.br), e do 0800-761-0238, a FUP vem acompanhando, desde então, as principais dúvidas e queixas da categoria na utilização do Benefício Farmácia.  
Essas demandas serão apresentadas à Petrobrás em uma reunião que a Federação está agendando para que a empresa resolva o mais rápido possível os problemas que têm sido apontados pelos usuários. As principais críticas são em relação à E-Pharma, a operadora do benefício. Além da comunicação com a empresa ser falha e cheia de dificuldades, os petroleiros têm alertado que o sistema ultimamente está sempre fora do ar. 
A categoria também se queixa de problemas com reembolso devido aos erros da operadora e descumprimento de prazo nas entregas dos medicamentos. A rede credenciada é outra reclamação constante entre os usuários do benefício, que criticam a pouca cobertura nas regiões Norte e Nordeste e a ausência de farmácias em algumas cidades no interior do Sudeste. Além disso, são recorrentes problemas em relação ao atendimento nas farmácias, o que tem inviabilizado em alguns casos a utilização plena do benefício. Outro questionamento da categoria é em relação ao excesso de burocracia e morosidade em relação aos medicamentos que precisam de análise técnica.
A FUP discutirá essas e outras questões criteriosamente com a Petrobrás e exigirá melhorias imediatas no atendimento do Benefício Farmácia para que os usuários possam usufruir plenamente e sem qualquer obstáculo dessa que é uma das maiores conquistas dos petroleiros.

Com 67% dos votos, chapa fupista é eleita no Sindipetro-NF

O diretor de SMS da FUP, José Maria Rangel, foi reeleito coordenador do Sindipetro-NF com 67,08% dos votos dos 5.951 petroleiros que compareceram às urnas. A Chapa 1/FUP – Avançar com segurança – conquistou 3.884 votos (67,08%) contra 1.906 da Chapa 2/PSTU (32,92%). A grande participação dos petroleiros na eleição é resultado de um sindicalismo atuante, classista e de luta. 
A vitória consagradora da chapa fupista no principal pólo de produção da Petrobrás reflete a rejeição cada vez maior da categoria ao projeto político do PSTU, que, há oito anos vem tentando minar a unidade nacional dos petroleiros, além de favorecer os tucanos nos ataques à estatal e na disputa eleitoral para a presidência da República. 
Essa derrota fragorosa que sofreram no Norte Fluminense comprova o que já vem acontecendo na maioria das outras bases petroleiras: a categoria não se deixa levar pelas manobras e mentiras dos divisionistas, que, na falta de propostas, pregam a negação pela negação, sem nada contribuir para as lutas e conquistas dos trabalhadores. Os petroleiros estão fartos das alianças espúrias que eles vêm mantendo com o que há de mais retrógado na gestão da Petrobrás.
A FUP parabeniza a Chapa 1 pela vitória e todos os trabalhadores que nos embates diários fazem do Sindipetro-NF um dos mais importantes sindicatos do país.

Lider cutista é eleito o primeiro latino-americano a presidir a CSI, maior entidade sindical do mundo

O ex-presidente da CUT e atual secretário de Relações Internacionais da entidade, João Antonio Felício, foi eleito por unanimidade o primeiro trabalhador da América Latina a presidir a Confederação Sindical Internacional (CSI). Ele comandará até 2018 a maior entidade sindical do mundo, que representa cerca de 180 milhões de trabalhadores de 161 países, reunidos em 325 entidades filiadas em todos os continentes. A CSI foi fundada em 2006 e é resultado da fusão de outras duas grandes organizações internacionais: a Confederação Internacional de Sindicatos Livres (CIOSL) e a Confederação Mundial do Trabalho (CMT).
A eleição de João Felício foi realizada no último dia 23, em Berlim, na Alemanha, durante o  III Congresso da Confederação, cujos 1.500 delegados presentes aprovaram por unanimidade a indicação do sindicalista brasileiro, que é professor de História da Arte na rede pública estadual de São Paulo. O líder cutista pautará o seu mandato em defesa da unidade da classe trabalhadora no enfretamento ao neoliberalismo, ampliando a luta por direitos, valorização salarial e justiça social.
Leia na página da FUP a entrevista de João Felício ao Portal dos Trabalhadores:http://www.fup.org.br/2012/noticias/entrevistas/2222923-joao-felicio

Extensão dos níveis para aposentados e pensionistas é pauta de reunião nesta quinta (29) com a Petrobrás

Em resposta à cobrança da FUP, a Petrobrás agendou para esta quinta-feira, às 15 horas, uma reunião específica para tratar da Cláusula 181 do ACT, onde a empresa se compromete a apresentar  em até 180 dias após a assinatura do Acordo uma proposta de extensão a todos os assistidos do Plano Petros dos níveis salariais concedidos aos trabalhadores da ativa, em 2004, 2005 e 2006.  Esse prazo venceu no dia 28 de abril e até agora a Petrobrás não respondeu a categoria, apesar das constantes cobranças feitas pela FUP.
A extensão dos níveis foi uma das principais conquistas da Federação na campanha reivindicatória, o que já beneficiou cerca de três mil aposentados e pensionistas que tinham ações transitadas em julgado e em fase de execução. Através da Cláusula 181, a FUP conseguiu amarrar no Acordo Coletivo o compromisso da Petrobrás em buscar uma alternativa para o pagamento dos níveis a todos os assistidos do Plano Petros, principalmente os que não recorreram à Justiça. O resultado da reunião desta quinta-feira com a empresa será divulgado pela FUP ao longo do dia.