Notícia veiculada no Nascente 661 em 11-08-2010
A insegurança crônica da Bacia de Campos ganhou espaço na imprensa nesta semana, a partir de denúncias do Sindipetro-NF, e chegou a hora da categoria petroleira também mostrar que confere a devida importância ao assunto. O sindicato vai anunciar no final da tarde desta sexta-feira, 13, no site da entidade, um indicativo-surpresa de mobilização, com convocação de assembleias para o final de semana.
Para o NF, este é um momento importante para que os petroleiros associem uma intensa mobilização a todas as outras frentes de enfrentamento abertas pela entidade contra a inseguraça. Além de ter pedido a interdição da P-33 e da P-31, o sindicato municiou a Marinha, o Ministério Público do Trabalho, a Agência Nacional do Petróleo e a Superintendência Regional do Trabalho, nesta semana, com novas denúncias sobre a P-33.
O documento enviado aos órgãos de fiscalização contém novas denúncias sobre a situação da plataforma, relatadas por trabalhadores que participaram da histórica assembleia com trabalhadores da P-33, no último sábado, que contou com a participação de 110 petroleiros de várias empresas que desmentiram a versão dada pela gerência de que estava tudo bem com a unidade.
Relatório de pendências
O sindicato também reforça o chamado para que a categoria produza relatórios detalhados sobre as condições de todas as unidades da Bacia de Campos, para atualizar a lista de pendências no site da entidade. Estes documentos têm sido importantes instrumentos de luta, subsidiando denúncias e furando o bloqueio de informações praticado pela Petrobrás.
Mesmo em um momento em que se mantém sob a mira de órgãos fiscalizadores, a Petrobrás continua a mentir sobre as suas condições inseguras de trabalho. Diretores do Sindipetro-NF flagraram na sexta, 6, no quadro de avisos do aeroporto de Macaé um cartaz onde a empresa comemora “1000 dias sem acidentes” na P-52. Levantamento de CATs (Comunicação de Acidentes) feito pelo sindicato, no entanto, mostra que pelo menos 13 acidentes ocorreram na unidade desde 2008 (um em 2008, seis em 2009 e quatro em 2010). Destes casos, três foram com afastamento.
