O Brasil vive um momento único, após ter resistido a uma crise mundial e mantido o seu crescimento em torno de 8% ao ano. Somente entre 2003 e 2009, foram criados dez milhões de empregos formais no País. Entre eles, 900 mil somente no ano passado, auge da crise que devastou as economias de vários países e ainda está em curso.
Este foi o cenário descrito pelo economista Henrique Jäger, técnico do Dieese que participou, na manhã de hoje, da Mesa “Campanha Salarial da Petrobrás”, no segundo dia do VI Congresso Regional dos Petroleiros (Congrenf), aberto ontem no Teatro do Sindipetro-NF e que segue até amanhã.
Jäger lembrou que o Brasil mantém um crescimento contínuo há 24 trimestres, desde 2003, e que controla a inflação em torno dos 5% ao ano. Além disso, entre 2002 e 2010, o salário mínimo teve um ganho real de 60%, chegando a aproximadamente ao equivalente a U$ 230 (embora ainda esteja longe do valor defendido pelo Dieese, que hoje seria em torno dos R$ 2,2 mil).
O economista destacou o papel dos petroleiros entre os fatores que permitiram que o Brasil resistisse bem à crise. Segundo ele, o País escapou da devastação econômica em razão de um cenário positivo que já vinha construindo, pelos acertos do governo no enfrentamento da crise e por ter podido contar com várias instituições preservadas graças à mobilização dos trabalhadores, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES e a Petrobrás.