Os trabalhadores de P-37 denunciaram ao sindicato que a Marinha interditou o heliponto da plataforma no dia 21 de julho. Desde a data citada o pouso ou decolagem das aeronaves está restrito aos helicópteros ambulâncias em caso de emergência. A gerência sugeriu que os trabalhadores descessem por cesta de transbordo e depois seriam encaminhados para a P-26, de onde voariam para terra.
Os trabalhadores identificam insegurança na operação já que os procedimentos da empresa vedam o transporte por cesta em FPSO´s e também porque o guindaste número 3 está inoperante (a lança deste guindaste atingiu o mar conforme já noticiou o sindicato), esse guindaste é essencial para usar o espaço delimitado para embarque e desembarque por cesta no novo deck de cargas. A gerência da plataforma quer usar uma área precária a bombordo, no meio de tanques de produtos químicos para fazer esse desembarque pela cesta.
Além disso, os trabalhadores embarcados afirmam que a equipe de movimentação de cargas (SKANSKA) é nova na unidade e já causou inúmeros danos a escadas, guarda-corpo e materiais diversos, devido à inexperiência dos guindasteiros em FPSO, as cargas são movidas de forma irregular, pois os guindasteiros têm dificuldade de compensar o balanço do navio.
Apesar da gerência da P-37 aceitar o não desembarque dos que se recusarem, não há um prazo, nem um plano para que esses trabalhadores retornem a seus lares em segurança e o clima é tenso a bordo.
O Sindipetro-NF apóia a atitude dos trabalhadores de não desembarcar de forma insegura. A diretoria do NF entrou em contato com o SMS da UN-BC e manifestou a posição do sindicato contrária a insegurança da forma proposta para o desembarque e cobrou providencias imediatas para a liberação do heliponto.
O sindicato está convocando assembleias para o fim de semana em todas as plataforma para uma mobilização por segurança no dia 27 de julho – Dia Nacional de Prevenção de Acidentes.
