Luiz Carlos Mendonça de Souza*
A região norte da Bacia de Campos é conhecida por sua significativa produção de petróleo e gás. No entanto, sua história também é marcada pela criação do Sindipetro-NF na PNA-1, onde valorosos trabalhadores se uniram nas Organizações por Local de Trabalho (OLT) para lutar por melhores condições de trabalho. Infelizmente, essa área também testemunhou mortes que, embora não comprovadas metodologicamente como sendo causadas por riscos químicos, levantam questões sobre a segurança contínua dos trabalhadores diante dos perigos químicos existente e não reconhecidos. Por isso, os trabalhadores não fazem o PCMSO, de acordo com a real exposição.
Os embarques para verificação das condições dos Módulos Temporários de Acomodação (MTAs) “por cumprimento” ao ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) ou os possíveis “Tacs” (termos de ajustamento de conduta) ocorreram em um contexto político complexo, marcado por um governo de coalizão. Nesse cenário, a luta por melhores condições de trabalho permanece na agenda diária, mantendo viva a chama da resistência entre os trabalhadores.
É crucial destacar a importância de uma abordagem metodológica qualitativa como orienta a Fundacentro, para avaliar as exposições aos riscos químicos. A permanência desses riscos (Tolueno, xileno, principalmente o BENZENO) e sua constante presença no ambiente de trabalho exigem uma vigilância contínua e a implementação de medidas eficazes de segurança para proteger os trabalhadores.
Além disso, a manutenção da resistência não se resume apenas às negociações sindicais. Ela também está ligada à conscientização e educação dos trabalhadores sobre seus direitos e responsabilidades em relação à segurança no trabalho. A criação de políticas de segurança, treinamentos regulares e ações preventivas são passos fundamentais para garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos os envolvidos na indústria de petróleo e gás da Bacia de Campos.
Portanto, busco não apenas relatar os desafios enfrentados pelos trabalhadores na região, mas também destacar a importância contínua da resistência organizada e da adoção de práticas de segurança eficazes para proteger a saúde e a vida dos trabalhadores da indústria de óleo e gás na Bacia de Campos.
*Diretor Sindipetro-NF