Abertura do 20º Congrenf destaca desafios e esperanças para o futuro do Brasil e da Petrobras

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O teatro do Sindipetro-NF em Macaé foi palco da abertura do 20 Congrenf (Congresso dos Petroleiros e Petroleiras do Norte Fluminense), que reuniu em sua mesa grandes nomes como com Leonardo Boff, Teólogo, escritor, filósofo e professor universitário; Renato Simões, secretário nacional de Participação Social; Delúbio Soares e Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, com ampla trajetória no setor de petróleo e energia.

Na solenidade de abertura, Delúbio Soares foi o primeiro a falar e destacou um sonho comum de todo o povo da esquerda que é a luta pela igualdade, que vem desde os povos originários até hoje. Comentou a trajetória do Partido dos Trabalhadores, que nunca foi aceito pela Direita do pais, até o golpe contra a presidenta Dilma e o crescimento do ultraconservadorismo.

Para Delúbio, o atual governo Lula é um recomeço, mas é necessário fazer diferente. ” O Brasil mudou muito! Precisamos recomeçar e ter um projeto para os próximos 20 anos de país. Não podemos pensar que temos políticas permanentes porque já vimos que, se entra um novo governo conservador, nós perdemos tudo. Precisamos de um governo para os pobres, porque os ricos não precisam de SUS e nem de escola pública. Temos que assumir o compromisso de atuar politicamente e em 2026 reeleger Lula com um Congresso mas forte, que melhore as nossas vidas! – disse.

Em seguida, Guilherme Estrella, comentou o país sob visão de um trabalhador e ex dirigente da Petrobrás, que viu a ascenção da empresa com a descoberta do pré sal até a sanha do governo entreguista que fez questão de vender a empresa, mas que teve a resistência dos trabalhadores por reconhecerem tamanha é importância da empresa para o país.

“Somos um povo altamente competente e trabalhador, cuja qualidade é excepcional em prol de uma empresa e um país. Com a descoberta do pré-sal o Brasil foi elevado a uma condição inaceitável pelo grande poder internacional e por isso tão atacada” – comentou.

Estrella  lembrou dos ataques que a Petrobrás começou a receber durante o Lava-jato e após o golpe na presidente Dilma. “Isso tudo aconteceu porque a Companhia simboliza a competência e a capacitação do povo brasileiro e o compromisso de uma grande empresa com o Brasil” – comentou.

Para ele o Brasil foi destruído nos dois últimos governos e o grande desafio agora é parar esse processo e recuperar a empresa. Mas que o governo Lula deu um grande passo nos últimos dias, ao indicar a nova presidência da empresa, que já está começando a mudar a companhia.

“Eu renasci na semana passada como petroleiro e cidadão brasileiro quando o governo Lula reassumiu a Petrobrás. Temos a grande missão de nos mobilizar politicamente para que essa nova gestão da Petrobrás mude. Temos que aprovar conteúdo nacional e construir plataformas no país, investir em contratações aqui. Recuperar a empresa para o que ela representava, antes do golpe de 2016” – comemorou o ex diretor da Companhia.

Renato Simões também alertou a plenária sobre o governo Lula ter assumido um país muito diferente do que deixamos, totalmente subalterno ao capital estrangeiro e com a democracia participativa totalmente destruída. “Estamos diante de um país que foi reformado para tirar o povo brasileiro do Estado. As estatais que temos hoje não são as mesmas de 2016, nem o Congresso e muito menos o orçamento”.

Para Simões é necessário que a sociedade faça um pacto de reconstrução nacional, recuperando os espaços dos movimentos sociais e com a construção de uma agenda mínima.

Leonardo Boff lembrou que em 2015, quando esteve numa atividade da greve no Sindipetro-NF, ganhou o jaleco laranja da categoria que faz questão de usar em lives internacionais pelo orgulho do que representa. “Vim aqui para apoiar a luta de vocês que se trata de resgatar aquilo que é nosso, que é a Petrobrás que é do Brasil e do povo brasileiro!” – comentou.

Boff avaliou o gesto de Lula nos últimos dias em relação à Petrobrás foi de suprema autoridade e determinação, reassumindo a Petrobrás como do povo brasileiro, um símbolo da soberania nacional de produção técnica de alto nível e de ciência de alta qualidade.

“Acho fundamental aumentar a consciência política progressista e libertadora que vem das bases, dos trabalhadores do campo ou da cidade, que sofrem grandes opressões. Temos que pressionar para que a desigualdade social não seja tão perversa” – sugeriu

Assista a abertura do Congresso em

https://www.youtube.com/live/mse_wqrFauE?si=30X79j4Sp5TLNlfX