Ano começa com trabalhador acidentado na Bacia de Campos

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PETROBRÁS: Ano Novo, Segurança velha

Para os trabalhadores do Sistema Petrobrás, 2010 já começa marcado pela mesma característica dos anos anteriores, a insegurança. O operador de petróleo da Petrobrás, Ricardo Pereira Carnauba, que trabalhava em P-35 foi hospitalizado no inicio da tarde desta segunda-feira, 4, após uma queda de um piso ao outro na plataforma. Segundo informações dos próprios trabalhadores, o piso gradeado rompeu quando o trabalhador pisou sobre ele. 
De acordo com o Sindipetro NF, outro caso semelhante ocorreu na mesma unidade e no mesmo local há seis meses. Apesar do pequeno intervalo, nenhuma providência foi tomada, além do aumento na produção e do lucro da Petrobrás, ou seja, o discurso e a prática sobre a segurança na empresa, continua a mesma, uma celeuma.
O Sindipetro NF, insistentemente tem denunciado a Petrobrás ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e à mídia. Além disso, também são realizadas inúmeras discussões que analisam os acidentes, e setoriais com os trabalhadores, onde as principais questões sobre segurança são explicadas à categoria, através de palestras e seminários. Apesar de todos os debates e explicações sobre os temas de saúde e segurança, a FUP e seus sindicatos continuam alertando que a boa comunicação entre os trabalhadores e os sindicatos é um dos mais importantes instrumentos de luta, ou seja, as denuncias são indispensáveis no processo de construção de um ambiente de trabalho decente e seguro. 
As reivindicações por segurança e melhores condições de trabalho precisam ser intensificadas em 2010, e tratadas pela categoria petroleira, com a mesma importância das cláusulas econômicas e sociais. Denuncie!

PLR 2009 e o Regramento das futuras PLR´s

Grandes desafios dos trabalhadores do Sistema Petrobrás para o início de 2010

Após as assembléias realizadas em todas as bases dos sindicatos filiados à FUP, os trabalhadores do Sistema Petrobrás aprovaram a proposta de adiantamento da PLR 2009, feita pela empresa, na última reunião com os representantes da Federação, realizada no dia 16 de dezembro de 2009.  A antecipação é de aproximadamente 35% do valor que foi pago pela PLR 2008 e será feito no próximo dia 11/01.  O cálculo apresentado para o adiantamento leva em consideração a redução do lucro no Sistema Petrobrás no primeiro semestre de 2009, comparativamente ao mesmo período de 2008, assim como o aumento do efetivo ocorrido entre agosto de 2008 e agosto de 2009. 
A proposta será seguida pela Transpetro, Refap e BR Distribuidora. A TBG, Petroquisa e termoelétricas ainda não confirmaram se irão acompanhar a mesma proposta de adiantamento da PLR.  
Quanto ao regramento para o pagamento das futuras PLR´s, a direção da FUP propôs o prazo até 31/03/2010, para a sua conclusão. Apesar da Petrobrás estar de acordo com o prazo estipulado, a direção da FUP avalia que esta negociação será muito difícil, principalmente quanto a definição dos critérios e parâmetros para a apuração do montante a ser pago aos trabalhadores, e a sua forma de distribuição. 
Mesmo com todas estas dificuldades, a direção da FUP entende que a definição do regramento das PLR´s futuras é fundamental para garantir o direito de todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás ao pagamento do maior e mais igualitário valor de PLR, principalmente para os trabalhadores das subsidiárias do Sistema (Petroquisa, Transpetro, Refap, BR Distribuidora, TBG e termoelétricas).
Portanto, no inicio de 2010, os trabalhadores do Sistema Petrobrás tem estes dois grandes desafios, e somente com muita unidade mobilização, conseguirão conquistar, de maneira permanente, o direito a uma PLR justa e igualitária, fruto do esforço e da capacidade destes trabalhadores que constroem no dia-a-dia a grandeza da Petrobrás, a quinta maior empresa de petróleo do mundo.

Anistiados da Petroflex retornam à Petrobrás

Após a publicação da lista dos anistiados da Petroflex em Diário Oficial, feita em meados do mês de dezembro, um grupo de 87 trabalhadores retornou à Petrobrás nesta quinta-feira, 7. 
A cerimônia de anistia teve a presença dos integrantes do Movimento dos Petroleiros Demitidos (MOPED), de representantes da FUP, CUT e do gerente de relações institucionais da Petrobrás.
Os representantes do MOPED continuarão na luta pelo reconhecimento da anistia de mais 100 trabalhadores que ainda não tiveram seus processos analisados pela Comissão Especial Interministerial (CEI).

FUP constrói agenda unitária em defesa dos trabalhadores da Refinaria Riograndense

Nos dias 17 e 18 de dezembro, os diretores da FUP estiveram na cidade do Rio Grande, no extremo sul do Brasil, onde fica localizada a primeira refinaria do país, a antiga Ipiranga, atualmente Refinaria Riograndense, cujos trabalhadores pertencem à base sindical da Federação. O Coordenador Geral da FUP, João Antônio de Moraes, o Diretor de Administração e Finanças, José Genival da Silva, e o Diretor de Relações Internacionais e Setor Privado, Anselmo Ernesto Ruoso, reuniram-se com dirigentes do Sindipetro Rio Grande, conheceram o parque de refino e participaram da confraternização de final de ano com os trabalhadores. A FUP reafirmou que a incorporação da refinaria à Petrobrás continua sendo bandeira de luta da categoria e está destacada no projeto de uma nova Lei do Petróleo, construído em conjunto com os movimentos sociais. O projeto está em tramitação no Senado Federal, como PL 531/2009.
A FUP também discutiu com os diretores do Sindipetro Rio Grande e os trabalhadores da refinaria a construção de uma agenda unitária em defesa dos direitos da categoria. O presidente do sindicato, José Marcos Olioni, pontuou problemas graves em relação à situação financeira da refinaria, cujos reflexos e impacto têm sido grande para os trabalhadores. Antes de ser adquirida pela Petrobrás, Brasken e Grupo Ultra, a unidade esteve na iminência de ser fechada. Apesar de em 2009 ter apresentado a maior produção dos últimos seis anos, o grau de endividamento da refinaria é alto devido ao desequilíbrio que existe entre os preços do petróleo cru (baseado no mercado internacional) e o dos derivados que são vendidos internamente no país com preços controlados pelo governo.
Os trabalhadores, portanto, continuam em um cenário de incertezas em relação aos seus postos de trabalho. Além disso, a direção da Riograndense insiste em repassar para os trabalhadores o ônus dos erros de gestão da antiga administração. A campanha reivindicatória ainda não foi concluída, pois a refinaria se aproveita das dificuldades econômicas para tentar rebaixar ainda mais as condições de trabalho e salários dos petroleiros. Soma-se a isso o desrespeito à liberdade de organização dos trabalhadores, através de práticas antissindicais, como a proibição do acesso dos dirigentes do sindicato ao parque de refino. 
A FUP reafirmou que continuará lutando pela manutenção da refinaria e sua encampação pela Petrobrás, mas jamais aceitará que os trabalhadores sejam prejudicados e atacados em seus direitos. Junto com o Sindipetro Rio Grande, a Federação intensificará as gestões políticas e para garantir os direitos dos trabalhadores, assim como a preservação de todos os postos de trabalho.