No último dia 24, o Sindipetro-NF recebeu relato de trabalhadores que passaram momentos de horror a bordo de um voo para a P-17, na Bacia de Campos, no último dia 20. O helicóptero prefixo PT-YAX, voo 511369, que levava petroleiros para a troca de turma da empresa Denadai, “começou a falhar como um carro engasgando”.
Após 35 minutos de voo, o piloto retornou para Macaé. “O negócio foi tão sério que havia bombeiros de prontidão na cabeceira da pista e um dos tripulantes da aeronave começou a chorar quando pousou”, contou um trabalhador.
O Sindipetro-NF cobrou explicações da Petrobrás sobre o caso. Por e-mail, a área de relações sindicais disse o seguinte ao sindicato:
“A Petrobras informa que no dia 20 de dezembro, o piloto da aeronave PT-YAX da empresa Líder, realizou o corte de uma das turbinas durante voo em direção à plataforma P-17, após detectar o aumento da temperatura do óleo no referido equipamento. De acordo com as regras de segurança de voo da Petrobras, que exigem regresso ou não decolagem ao se constatar qualquer indicativo de atenção, o comandante retornou para o aeroporto de Macaé e fez o pouso em condições seguras”.
A empresa disse ainda que “para garantia da segurança dos passageiros, todos os helicópteros que prestam serviço ao E&P são bimotores, mesmo tendo capacidade de voar com apenas uma das turbinas. Como o incidente aconteceu no final de semana, a equipe da comunicação da UN-BC/CSI que atua no Aeroporto de Macaé e Heliporto de Farol São Tomé não estava presente para prestar esclarecimentos aos passageiros. Entretanto, a tripulação e os profissionais da Segurança de Voo da US-TA passaram as devidas orientações aos trabalhadores que estavam a bordo”.
A companhia também garantiu que “a empresa aérea fez alteração em seus procedimentos de manutenção, buscando ser mais restritiva que o fabricante, para que o incidente não volte a acontecer”.
A diretoria do Sindipetro-NF poderia se dizer satisfeita com as explicações da empresa se este fosse um caso isolado. No entanto, como tem denunciado a entidade, a recorrência de incidentes com aeronaves demonstra a fragilidade da segurança aérea na região.