Duas ocorrências com aeronaves alertam sobre insegurança na Bacia de Campos

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Duas ocorrências recentes com aeronaves na Bacia de Campos reacendem o alerta acerca da falta de segurança de voo para as plataformas da região, como há anos denuncia o Sindipetro-NF. No domingo, 6, o helicóptero prefixo LCM, da Líder, que deixou Macaé às 10h20 em direção à P-19, teve que pernoitar na plataforma, em razão de um problema técnico que impediu o retorno da aeronave.

Na segunda, 7, a aeronave prefixo LCL da Aeróleo, que fazia voo para várias unidades, sendo a última delas também a P-19, apresentou uma vibração e teve que fazer um pouso não programado em PRA-1.
Para o Sindipetro-NF, estes são sinais de que os helicópteros são utilizados excessivamente e que isso,  somado ao reduzido número de aeoronaves pode interferir no nível de segurança dos voos. 
“Não basta saber, sob o ponto de vista legal, se está tudo certo. É preciso saber, sob o ponto de vista da realidade concreta da utilização das aeronaves, se a manutenção atende A exigência aqui é muito elevada e certamente são necessárias revisões extras, além daquelas do calendário oficial”, afirma o diretor do NF Valter de Oliveira.
Em relação aos novos helicópteros adquiridos pela Petrobrás para operação na região, Oliveira diz que são bem vindos, mas refletem mais uma demanda futura, do pré-sal, do que uma preocupação atual com a segurança. As aeronaves têm mais autonomia de voo para atingir os campos mais distantes do pré-sal. 
A realidade do momento é a de que, no Farol, duas aeronaves Superpumas L1 estão fora de operação. Uma em razão do fim do contrato. Outra por aguardar solução para um problema mecânico ainda não identificado. Com menos aeronaves, as que estão em uso são ainda mais exigidas, elevando a insegurança. A frota, que já era reduzida, ficou ainda menor.
Diante disso o sindicato cobra uma resposta da Petrobras para a categoria sobre a segurança no transporte de seus empregados.

Aeroporto sem previsão

O diretor também registra o seu protesto em relação ao fato de aeronaves continuarem atuando no Heliporto do Farol, que apresenta falha de projeto em consequência eleva o desgaste das aeronaves. Ele denunciou o fato de apenas um diretor da Petrobrás, Guilherme Estrela, ter interrompido todo o processo de aprovação do projeto para a construção do aeroporto do Farol, que daria mais segurança aos trabalhadores.