FUP busca avanços em negociação com a Petrobrás. Reunião prossegue na quarta,

O processo de negociação com a Petrobrás, retomado segunda-feira, 16, teve continuidade nesta terça, 17, com mais uma reunião com as gerências de RH. A FUP cobrou uma resposta para os principais pontos da pauta de reivindicações reafirmados na mesa, ressaltando que são pendências que vêm se arrastando ao longo das últimas campanhas e que, portanto, precisam avançar. A FUP também reafirmou que não haverá assinatura de acordo, enquanto a empresa mantiver as punições arbitrárias aplicadas contra os trabalhadores que participaram da greve de março.

 Apesar das tentativas da Petrobrás de reduzir, o máximo possível, as reivindicações da categoria, buscando o afunilamento para o fechamento do acordo, a FUP ressaltou que a empresa tem plenas condições de avançar em questões essenciais, como saúde e segurança, terceirização, benefícios, efetivos, condições de trabalho, garantia no emprego, além do cancelamento das punições e as reivindicações econômicas.
 
Pressionada pelas mobilizações da categoria, que tem respaldado e fortalecido a FUP nessas rodadas de negociação, a Gerência de RH da Petrobrás sinalizou a possibilidade de apresentar propostas para parte das reivindicações dos trabalhadores, como punições, anistiados, Transpetro, terceirizados, readaptados, reajuste salarial, Plano Petros, Plano Petros-2, licença maternidade e benefício educacional. A direção da FUP, entendendo que estas sinalizações não são suficientes, propôs encerrar a reunião e dar prosseguimento à negociação na quarta-feira, 18.
 
A última contraproposta da Petrobrás foi rejeitada por unanimidade em várias bases da FUP e os trabalhadores estão em estado de greve e em assembléias permanentes, aguardando os resultados da negociação. O acordo coletivo tem validade de dois anos para as cláusulas sociais, por isso é imprescindível que a campanha reivindicatória garanta novas conquistas e a retomada dos direitos que foram usurpados da categoria.