Contraproposta da Petrobrás está sendo rejeitada por mais de 90% dos petroleiros

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Da Imprensa da FUP

As assembléias estão confirmando a indignação dos trabalhadores do Sistema Petrobrás com o desrespeito com que a empresa tem tratado a pauta de reivindicações aprovada pela categoria. Prova disso é que o índice de rejeição da contraproposta apresentada pela Petrobrás tem sido em torno de 90% na maioria das assembléias, que estão sendo realizadas desde quarta-feira, 21. Em algumas bases da FUP, os trabalhadores recusaram por unanimidade o que a empresa propõe.

As assembléias já foram encerradas na Regap (MG), na Reman (AM) e nas bases do Rio Grande do Norte, onde a contraproposta da Petrobrás foi massivamente rejeitada. Em Duque de Caxias, a maior parte das assembléias será concluída na terça-feira, 27, e os petroleiros estão apontando a rejeição por unanimidade, tanto na Reduc, quanto no Terminal de Campos Elíseos. Nos terminais de Suape, no Gasoduto  Jaboatão(PE) e Cabedelo (PB), assim como na sede administrativa da Petrobrás em Recife (Center II), a rejeição também foi por unanimidade. 
 
Na Bacia de Campos, 38 das 45 plataformas já realizaram as assembléias, junto com os trabalhadores do Parque de Tubos. O resultado até a tarde desta terça-feira, 27, é de 1.071 votos pela rejeição da contraproposta, 16 a favor e 11 abstenções.

Na Replan, Recap e Terminal de Barueri, bases do Unificado-SP onde as assembléias também já começaram, a grande maioria dos trabalhadores está rejeitando a contraproposta e aprovando estado de greve. Nos demais sindicatos, as assembléias serão realizadas ao longo da semana.

A Petrobrás apresentou, em menos de um mês, duas contrapropostas que não contemplam as principais reivindicações da categoria, seja em relação à ampliação dos benefícios ou à melhoria das condições de trabalho. Além disso, a empresa continua sem se manifestar sobre o cancelamento das punições aplicadas aos petroleiros que realizaram a greve de março. A FUP tem ressaltado em todas as reuniões de negociação que não haverá assinatura de acordo, enquanto a Petrobrás mantiver as punições.
 
Paralisações surpresa e Conselho Deliberativo

Nesta semana, os petroleiros iniciaram uma série de paralisações surpresa que continuarão agitando o Sistema Petrobrás, durante a campanha reivindicatória. Nos dias 20 e 21, as mobilizações atingiram as refinarias. Na sexta-feira, 23, as mobilizações foram feitas nos terminais da Transpetro. As próximas paralisações indicadas pela FUP serão no E&P e nas unidades administrativas, sempre de forma surpresa.
 
Nos dias 04 e 05 de novembro, o Conselho Deliberativo da FUP (formado por um representante de cada sindicato filiado e os 15 diretores da FUP) reúne-se em Brasília para definir as próximas estratégias de ação da campanha reivindicatória, inclusive a possibilidade de uma greve nacional, para buscar na luta o atendimento das principais reivindicações dos trabalhadores.