O Norte Fluminense participou, no final da tarde de ontem, dos atos nacionais contra a anistia para golpistas e em defesa de diversas pautas dos movimentos sindicais, sociais e estudantis. Os protestos foram convocados pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo.
Na região, a atividade contou contou com panfletaço no Terminal Rodoviário Roberto Silveira, no Centro, que se estendeu com caminhada pela Avenida José Alves de Azevedo (Beira Valão), passando pelo Mercado Municipal, e pela Avenida Alberto Torres, até atingir a Câmara de Vereadores.
O Sindipetro-NF teve uma presença forte no protesto, com vários diretores. Sobre a principal bandeira do protesto — contra a anistia para os golpistas do 8 de janeiro de 2023, os mesmos que haviam tramado assassinar o então presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin, assim como o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, de acordo com as investigações da Polícia Federal —, o diretor sindical Alexandre Vieira explicou o que, na prática, significa viver sob uma ditadura.
“É não admitir que entrem nas casas das pessoas, e sumam com as pessoas como aconteceu, é não admitir que corpos sejam queimados na usina de Cambaíba como foram, é contra isso que a gente está lutando. É importante o pessoal entender o que é essa luta”, disse Vieira.
O coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, também foi uma das lideranças que se revezaram nas falas. Em um dos momentos ele destacou uma das pautas trabalhistas que ganharam destaque recente no país, contra a escala de trabalho de 6×1.
“A gente está aqui hoje para fazer essa luta, contra a escala 6×1, para que o trabalhador e a trabalhadora tenha mais um dia folga, para que gere mais emprego. E isso não vai quebrar a economia. Foi isso que falaram quando os nossos antepassados lutaram pelo 13º, se falava que ia quebrar a economia, e era uma mentira, a economia não quebrou quando chegou o 13º. Então o trabalhador e a trabalhadora tem que estar apoiando esse ato, tem que estar junto na rua para fazer com que a gente sensibilize outras pessoas e assim a gente consiga evoluir nessa etapa”, afirmou Bezerra.
Também foram bandeiras das manifestações a queda da PEC do Estupro, a valorização do salário mínimo e das aposentadorias, a taxação dos ricos, a garantia de investimentos na Saúde e na Educação, sem redução de gastos, o fim do genocídio da juventude negra e a redução da taxa de juros. Em razão de um ataque da Prefeitura de Campos sobre as aposentadorias dos servidores, o protesto no município também foi contra a reforma da previdência pretendida pelo governo de Wladimir Garotinho.
[Fotos: Gabô Fotografias]