Dois anos de manutenção da Democracia

“É preciso estar atento e forte!” Petroleiros e petroleiras na luta pelo país

Onde você estava no dia 8 de janeiro de 2023?

Algumas petroleiras e petroleiros estavam em alto mar se arriscando pelas riquezas do país. Das plataformas, muitos souberam de notícias difíceis de acreditar. Era preciso ver para crer. E em poucos minutos não faltaram imagens para confirmar que um ataque direto à democracia estava acontecendo em Brasília. Era um domingo à tarde e todos os meios de comunicação foram tomados pela violência das cenas de destruição nos prédios do Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Palácio do Planalto. Foi preciso coragem e inteligência, tal qual o trabalhador offshore lidando com o oceano, para a manutenção do Estado Democrático de Direito até os nossos dias.

O evento Abraço da Democracia foi a forma escolhida para reafirmar a posição democrática do país após dois anos dos ataques. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras lideranças institucionais, como o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estarão unidos no compromisso com a democracia e denunciando as tentativas de subvertê-la. O ato vai contar também com a presença de militares e de entidades da sociedade civil, de classes e religiosas.

Depois do ato oficial, o presidente Lula sairá em direção à Praça dos Três Poderes onde encontrará a população para juntos realizarem o abraço no local em defesa da democracia. Na programação, também vai acontecer a exposição de objetos históricos danificados no dia 8 de janeiro e posteriormente recuperados, como o relógio do século VII, que pertenceu a Dom João VI e a reinauguração da pintura “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 milhões.

Sem Anistia

O STF já condenou 371 pessoas devido à investida antidemocrática contra os três Poderes. Desse total, 225 são os chamados executores, que cometeram os crimes considerados mais graves, e 146 foram considerados incitadores.

Luta nas plataformas e nas ruas

Em dezembro do ano passado, petroleiros e petroleiras de vários estados participaram de atos que reforçaram o pedido de prisão para os golpistas, em repúdio às tentativas de anistia dos que atentaram contra a democracia brasileira, ao planejarem um golpe de Estado e os assassinatos do presidente Lula, do seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Investigações da Polícia Federal apontaram o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de lideranças políticas e militares de seu governo no planejamento dos crimes, que culminaram nos ataques de 8 de janeiro de 2023.