Petroleiros realizaram nesta terça-feira, 14, atos nacionais no EDISEN no Rio e mobilizam bases administrativas contra mudanças unilaterais no teletrabalho. No Norte Fluminense, o Sindipetro-NF promoveu atos em Cabiúnas, Praia Campista e Parque de Tubos. A categoria protesta e cobra diálogo aberto com os sindicatos. FUP reforça a necessidade de incluir o tema como cláusula no ACT, garantindo regras transparentes.
A categoria petroleira de todo país realizou na terça-feira, 14, diversos atos para mostrar sua indignação pela forma unilateral pela qual a empresa alterou as regras do teletrabalho. Na região Norte Fluminense o sindicato convocou atos para todas as bases da empresa onde tem trabalhadores administrativos, Cabiúnas, Imbetiba e Parque de Tubos. No Rio de Janeiro aconteceu um Ato nacional em defesa do Teletrabalho no EDISEN (Edifício Senado), que foi convocado pela FUP.
“Os trabalhadores e trabalhadoras do administrativo não querem o regime que está sendo imposto pela companhia agora. Os trabalhadores querem uma negociação. Uma negociação com a FUP, com os sindicatos para que assim a gente consiga fazer uma coisa que seja boa para todo mundo”, afirmou o coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, durante o ato realizado no Parque de Tubos, em Macaé.
O movimento sindical petroleiro defende que as regras do teletrabalho sejam estabelecidas por meio de negociações coletivas com os sindicatos, garantindo que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e que haja um diálogo aberto sobre as condições de trabalho. Inclusive com a inclusão do tema como cláusula do ACT. A diretoria da FUP informou que irá reforçar essa pauta da categoria. A empresa, no entanto, até hoje não avançou no atendimento desse pleito, cujo impacto é imenso para os petroleiros e petroleiras do regime administrativo.
Em julho de 2024, quando surgiram os primeiros boatos que haveriam alterações no Teletrabalho, a FUP encaminhou documento ao RH da Petrobrás onde aproveitou para reforçar alguns pontos da pauta sobre o tema. Entre eles: que a regra seja negociada coletivamente; escala mensal ao invés de semanal; possibilidade de se apresentar na unidade mais próxima nos dias de trabalho presencial; previsibilidade na escala de teletrabalho e trabalho presencial; maior transparência sobre iniciar e/ou encerrar a adesão ao teletrabalho como é no programa de redução de jornada; manter as situações de teletrabalho integral atual para transferidos, pdc (trabalhador e dependentes) e condições de saúde grave, e ampliar essa opção para todos aptos.
Está previsto um Conselho Deliberativo para discutir uma campanha nacional para pressionar a empresa a rever essa posição, em respeito à valorização da negociação coletiva, como está previsto no ACT. Os atos dessa semana já foram um pontapé para essa campanha.