Da Imprensa da FUP
O Conselho Deliberativo da FUP reuniu-se em Brasília, nesta segunda, 05, e terça-feira, 06, para avaliar e definir encaminhamentos em relação às campanhas, tanto a reivindicatória, como a do “O petróleo tem que ser nosso”. Representantes dos 12 sindicatos filiados, assim como as oposições sindicais reconhecidas pela FUP, rejeitaram a proposta de acordo coletivo apresentada pela Petrobrás e deliberaram pela retomada da negociação com a empresa, simultaneamente à realização de mobilizações. No dia 17, as paralisações serão realizadas nos turnos, em função do feriado nacional do dia 12, dando continuidade à luta da categoria pelo pagamento dos feriados trabalhados (dobradinha).
O Conselho Deliberativo também reafirmou que a FUP continue priorizando a luta pelo controle estatal e social do petróleo, paralelamente à campanha reivindicatória, como foi aprovado na I PlenaFUP e referendado pela categoria nas assembléias. Outro debate feito pelas representações sindicais foi a forma de organização e realização das próximas greves dos petroleiros.
Os dirigentes da FUP e dos sindicatos permanecerão em Brasília, intensificando a atuação no Congresso Nacional para convencer os parlamentares sobre a importância das propostas dos movimentos sociais em defesa do controle estatal e social do petróleo, expressas no Projeto de Lei 5891/2009, que foi apensado ao projeto do governo para o novo modelo de exploração do pré-sal.
Deliberações sobre a Campanha reivindicatória:
O Conselho Deliberativo da FUP reafirmou que a reversão das punições decorrentes da greve de março é questão de honra para os trabalhadores e ponto condicionante para a assinatura do acordo coletivo. Além de não propor nada em relação a esta questão, a Petrobrás também não atende a maioria das reivindicações da categoria, como o restabelecimento do extraturno (dobradinha) e avanços em relação às políticas de SMS e de terceirização, no sentido de acabar com a precarização do trabalho. Veja abaixo as principais deliberações:
– Rejeição da proposta apresentada pela Petrobrás;
– Retomar o processo de negociação;
– Intensificar as mobilizações;
– Paralisações durante as negociações, com datas a serem definidas pela direção da FUP;
– Seminários locais para construção uma greve nacional, conforme modelo deliberado no Seminário Nacional de Qualificação de Greve;
– Paralisações dia 17 nos turnos, intensificando as mobilizações pelo restabelecimento do pagamento dos feriados trabalhados (dobradinha)
Deliberações sobre a campanha O petróleo tem que ser nosso:
– A luta pelo controle estatal e social do petróleo deve continuar sendo priorizada, paralelamente à campanha reivindicatória;
– Os sindicatos enviarão representantes à Brasília, todas as semanas, para somarem-se aos dirigentes da FUP, que estão permanentemente na capital federal, defendendo a proposta dos movimentos sociais;
– Os sindicatos devem intensificar a busca de apoio de parlamentares ao PL 5891/2009, tanto em Brasília, quanto nos estados do país;
– Reafirmar o PL 5891/2009 como a proposta defendida para a nova lei do petróleo e buscar avanços nos projetos do Executivo.