O Sindipetro-NF acompanha, desde ontem, o atendimento médico dos atingidos pela explosão na plataforma PCH-1. O acidente, que ocorreu às 7h25 desta segunda, 21, provocou 32 internações hospitalares, em Campos dos Goytacazes e em Macaé (14 delas por queimaduras e as demais por inalação de fumaça).
Em vídeo gravado na manhã de hoje, no Heliporto do Farol de São Thomé, o coordenador geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, atualiza as informações sobre o caso e denuncia que o acidente é consequência do desmonte da Petrobrás, feito pelos desinvestimentos de anos recentes.
A assistente social da entidade, Daniele Araújo, e a diretora sindical Bárbara Bezerra, estiveram ontem nos hospitais Público de Macaé e da Unimed, enquanto o coordenador Sérgio Borges acompanhou os atendimentos no Hospital da Unimed e Dr. Beda em Campos.
Na manhã desta terça, 22, as informações são de que não há mais petroleiros internados em Campos dos Goytacazes. Em Macaé, no entanto, 10 permanecem internados, todos no Hospital da Unimed, quatro deles na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Apesar da gravidade das queimaduras, em alguns casos muito severas, os trabalhadores permanecem estáveis e conscientes, conversando com familiares e a equipe médica. Borges relata, no entanto, que ao menos um deles ainda está em estado grave.
O Sindipetro-NF indicou a diretora Bárbara Bezerra para integrar a comissão de investigação do acidente. A Petrobrás, ao longo do dia de hoje, concluirá o desembarque dos trabalhadores que não forem essenciais à habitabilidade e segurança da unidade, que teve as operações interrompidas.
Uma dificuldade adicional é a de que a plataforma de Cherne 1, em razão do acidente, teve toda a comunicação interrompida. A explosão danificou, inclusive, um cabo que também atende a outras unidades do entorno, que também estão como comunicação precária.
O sindicato está em contato permanente com os trabalhadores e solicita que mais informações sobre as circunstâncias do acidentes sejam enviadas para [email protected]. Além das informações oficiais da Petrobrás, os relatos de quem viveu a tragédia são essenciais para as futuras investigações sobre o caso.