Diretoria do NF planeja grande ato público para cobrar segurança no trabalho

O acidente na plataforma PCH-1, na última segunda, 21, que atingiu diretamente pelo menos 32 petroleiros (14 com queimaduras e os demais com consequências de inalação de fumaça), confirmou o que tem alertado as entidades sindicais sobre a precariedade das instalações da indústria do petróleo no Brasil. O caso vai reforçar a mobilização da categoria por segurança e um grande ato público já está sendo pensado pela diretoria do Sindipetro-NF.

Em reunião na tarde de ontem, a direção da entidade definiu que vai construir junto à FUP (Federação Única dos Petroleiros) e demais entidades dos movimentos sociais uma grande manifestação em defesa da saúde e da segurança dos petroleiros e petroleiras. A reivindicação, inclusive, faz parte da pauta de uma Greve de Advertência realizada em 26 de março deste ano.

A plataforma PCH-1 reúne vários registros de problemas, inclusive em atas da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Alguns deles chegaram a provocar interdições em rotas de salvamento, o que agravou as condições de fuga após a explosão (veja aqui). A insegurança na unidade, no entanto, não é um caso isolado.

O desmonte da Petrobrás nos governos Temer e Bolsonaro acentuaram os cortes de recursos para as políticas de segurança, aumentaram as privatizações e vendas de ativos e degradaram os valores corporativos de respeito à saúde dos trabalhadores. Até hoje há muitos segmentos da gestão da empresa impregnados por este comportamento de desleixo com a área de saúde e segurança.

Uma nova reunião de diretoria do Sindipetro-NF será realizada ainda nesta semana e os detalhes sobre local, horários e formatos de um grande ato público por segurança ainda serão definidos. O que já se sabe é da indignação da categoria petroleira com as condições inseguras de trabalho e da disposição de pressionar a Petrobrás e demais empresas do setor para que priorizem, de uma vez por todas, a defesa da vida.

O sindicato orienta a categoria a se manter atenta aos informes e a se manter mobilizada, assim como a manter o envio de relatos sobre as circunstâncias do acidente em PCH-1, assim como sobre outras condições inseguras, para [email protected].